Mundo

Belarus liberta líder da oposição e Nobel da Paz, diz ONG

Regime de Lukashenko concede indulto a 123 presos políticos após anúncio de suspensão de sanções americanas

Ales Bialiatsky, Nobel da Paz de 2022, foi libertado após anos preso por atuação em defesa dos direitos humanos em Belarus       -  (crédito:  AFP)
Ales Bialiatsky, Nobel da Paz de 2022, foi libertado após anos preso por atuação em defesa dos direitos humanos em Belarus - (crédito: AFP)

Belarus libertou 123 prisioneiros, incluindo a líder da oposição Maria Kolesnikova e o ganhador do Nobel da Paz Ales Bialiatsky, informou neste sábado (13) a ONG de direitos humanos Viasna. 

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

O anúncio ocorreu pouco depois de um enviado dos EUA em visita a Minsk declarar que Washington havia suspendido as sanções contra o potássio bielorrusso. 

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, "decidiu conceder indulto a 123 cidadãos de diversos países", declarou a conta do Telegram Poul Pervogo, ligada à presidência bielorrussa, sem divulgar os nomes dos libertados.

Ales Bialiatski, de 63 anos, fundou a Viasna ("Primavera") em 1996 e, durante anos, liderou a principal organização de direitos humanos do país e uma importante fonte de informação sobre a repressão nesta nação do leste europeu.

Maria Kolesnikova, de 43 anos, musicista de formação, foi uma das líderes dos protestos em massa contra a reeleição de Lukashenko em 2020, considerada fraudulenta.

Ambos foram presos durante a brutal repressão a esse movimento de protesto e condenados a duras penas de prisão.

O opositor Viktor Babariko, um dos principais rivais de Lukashenko até ser preso antes das eleições de 2020, também foi libertado, segundo a Viasna.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Enquanto estava detido, o trabalho de Ales Bialiatski lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz de 2022, que ele compartilhou com a ONG Memorial (Rússia) e o Centro para as Liberdades Civis (Ucrânia).

"Falei com ele; ele está a caminho da Lituânia e passa bem", disse sua esposa, Natalia Pinchuk, à AFP.

Essas libertações ocorrem depois que o enviado dos EUA, John Coale, em visita a Belarus, anunciou o levantamento das sanções americanas ao potássio, um componente usado na produção de fertilizantes e do qual Belarus é um dos principais produtores.

Nos últimos meses, o presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou Belarus a libertar as centenas de presos políticos do país, e Lukashenko, no poder há mais de 30 anos, concedeu indulto a dezenas de pessoas.

Em contrapartida, Washington já havia suspendido parcialmente as sanções contra a companhia aérea bielorrussa Belavia, permitindo que ela mantivesse e comprasse peças para sua frota, que inclui aviões Boeing.

  • Google Discover Icon
Por AFP
postado em 13/12/2025 17:44
x