PANDEMIA

Artigo: "Morro de curiosidade de saber quando serei imunizado. E você?"

"Todos nós queremos sair logo dessa. Voltar a viajar, a sair de casa, a poder confraternizar com amigos e familiares. E, para isso, dependemos da vacina"

Roberto Fonseca
postado em 14/05/2021 06:00
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press                        )
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press )

Saber quando será vacinado contra a covid-19 é, sem dúvida, um dos temas que mais atiçam a curiosidade atualmente. Em abril, uma das matérias campeãs de audiência no site do Correio contava sobre a plataforma que fazia uma previsão aproximada de quando seria possível receber a primeira dose, a partir da idade e da unidade da Federação onde mora. A conta, mesmo que suscetível a mudanças de regras e que dependa da efetiva entrega do imunizante, serve para dar um panorama da situação de caráter meramente ilustrativo. No meu caso aqui em Brasília, por exemplo, seria daqui a quatro meses e 26 dias.

Na quarta-feira (12/5), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, agitou as redes sociais ao publicar um calendário com os dias em que cada adulto seria vacinado contra o novo coronavírus. Pelo cronograma divulgado, 23 de outubro é a data em que todos os adultos da Cidade Maravilhosa teriam recebido a primeira dose. Se eu morasse no Rio, seria imunizado em 23 de julho — daqui a 70 dias, ou dois meses e 10 dias.

Tenho ciência de que são apenas datas estimadas, mas acredito que é disso que precisamos no atual momento da pandemia no Brasil: previsibilidade. Mudar uma semana para mais ou para menos na data da vacinação faz parte da regra do jogo, mas viver numa constante situação de instabilidade é que tem sido difícil. Não dá para um brasileiro chegar num posto de vacinação no dia marcado e descobrir que não há dose disponível, como tem ocorrido nas últimas semanas em diversas cidades pelo país. É sinal claro da falta de planejamento, de fluxo de vacinas. E os culpados precisam ser responsabilizados.

Ontem mesmo, o Instituto Butantan informou que vai suspender a produção da CoronaVac em razão da falta de matéria-prima chinesa para a produção do imunizante. É a típica situação que comprova que algo está fora de controle. É reflexo da crise diplomática provocada pelas declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a China? Se sim, e as evidências mostram isso, está aí outro tema para a CPI da Covid se aprofundar.

Todos nós queremos sair logo dessa. Voltar a viajar, a sair de casa, a poder confraternizar com amigos e familiares. E, para isso, dependemos da vacina. Eu morro de curiosidade de saber quando serei imunizado. E você?

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