CINEMA

O filme Eduardo&Mônica é uma ode a Brasília; se ama a cidade, assista

O longa de René Sampaio tem tudo para agradar a quem é apaixonado pela capital federal. E arrisco a dizer que será um sucesso de bilheteria

Roberto Fonseca
postado em 17/12/2021 06:00 / atualizado em 17/12/2021 13:05
 (crédito: Janine Moraes)
(crédito: Janine Moraes)

Ainda vai levar um tempinho. Entrará em cartaz apenas na primeira quinta-feira de 2022, dia 6. Mas será um programa obrigatório para as férias de janeiro. Falo do filme Eduardo&Mônica, de René Sampaio, inspirado na música homônima de Renato Russo. O longa tem tudo para agradar a quem é apaixonado pela capital federal. E arrisco a dizer que será um sucesso de bilheteria.

Já adianto que não se trata de spoiler. A história do casal que marcou de se encontrar no Parque da Cidade é conhecida. Então, todos imaginam o que vai rolar no filme. Mas é importante ressaltar a forma que a nossa cidade é retratada e que nos leva a uma viagem no tempo. Relembrei imagens marcantes da infância e adolescência, como Brasília era bem diferente do que é hoje.

A tomada da ponte dos pedalinhos no Parque, por exemplo, lembra bem como era na década de 1980, assim como o Setor Comercial Sul, os antigos ônibus, a W3 mais bem cuidada e mais vazia. Uma capital federal diferente, sem dúvida, sem os inchaços provocados pelo crescimento populacional e ocupação urbana. Sigo gostando da Brasília de hoje, adoro a cidade, mas fico triste em pensar que poderia ser um pouquinho diferente.

Veja a Avenida das Jaqueiras, entre o Cruzeiro e o Sudoeste, por exemplo. Sequer existia na época de Eduardo&Mônica, mas hoje carece de um cuidado maior. A escuridão à noite chama a atenção, e é motivo de preocupação para a população que se arrisca a fazer uma caminhada à noite. O mesmo vale para os estacionamentos do Parque da Cidade, por exemplo, esburacados e que são uma ameaça a quem tenta caminhar ou trafegar de carro.

Mas voltemos ao filme. Todos os universitários brasilienses dos anos 1970, 1980, 1990 e 2000 se viram retratados no longa. A cena de conferir e guardar a lista de aprovados da UnB, nas edições do Correio, era uma marca registrada da época. Vários amigos têm a relação até hoje. Uma sensação inesquecível. Posso garantir. É a memória da cidade.

Veja o trailer:

 

 


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