Bahia

Barreiras 131 anos: Nós, os barreirenses

Irlam Rocha Lima
postado em 24/05/2022 06:00
 (crédito: Reprodução/Facebook)
(crédito: Reprodução/Facebook)

Certamente não existe ninguém mais bairrista do que o barreirense, ou seja quem nasceu em Barreiras — orgulhosamente chamada de "capital do Oeste baiano". A cidade, com população em torno de 160 mil habitantes, celebra, depois de amanhã, 131 anos e o fato de possuir o terceiro maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da Bahia.

Localizada numa região conhecida, atualmente, por sua potencialidade no campo da agropecuária, em outros tempos, se destacou nas áreas da política e da música. São de Barreiras Antônio Balbino, que governou a Bahia entre 1955 e 1959 e foi senador da República de 1963 a 1971, e Tarcilo Vieira de Melo, líder do governo de Juscelino Kubitschek e um dos maiores tribunos da história da Câmara dos Deputados. Isso é sempre ressaltado pelos conterrâneos.

Motivo de orgulho também para os barreirenses é o violonista e compositor Alcivando Luz, que, na primeira metade da década de 1960, pertenceu ao grupo de artistas baianos, do qual faziam parte Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Gal Costa — responsáveis, posteriormente, pela criação da Tropicália. Alcivando é co-autor de canções gravadas por João Gilberto. Atualmente, os aplausos são para Saulo Fernandes, outro barreirense que brilha na cena musical brasileira.

Nasci em Barreiras, onde vivi até a adolescência. Ao contrário da Itabira, que Carlos Drummond de Andrade dizia ser para ele "apenas um retrato na parede", mantenho Barreiras bem guardada na minha memória afetiva. São antigas lembranças, principalmente de lugares como Cais do Porto, Praça Duque de Caxias, Rua Silva Jardim, Mercado Municipal, Igreja de São João, Cine Roma, Dragão Social, Rio de Ondas e o Ginásio Padre Vieira —, ponto de partida para minha formação escolar, complementada em Brasília no Elefante Branco e na UnB.

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