COPA DO MUNDO 2022

Artigo: A seleção da fase de grupos

Marcos Paulo Lima
postado em 03/12/2022 06:00
 (crédito: Foto de Glyn KIRK / AFP)
(crédito: Foto de Glyn KIRK / AFP)

Szczesny (Polônia); Achraf (Marrocos), Souttar (Austrália), Gvardiol (Croácia) e Alba (Espanha); Casemiro (Brasil), Griezmann (França) e Bruno Fernandes (Portugal); Doan (Japão), Mbappé (França) e Gakpo (Holanda). Essa é a minha seleção da fase de grupos da Copa do Mundo. Pronto, está dado início ao debate na mesa de bar. Atirem a primeira pedra.

Vamos em frente. A maior decepção é a Bélgica. A eliminação na fase de grupos é um pecado. Apenas uma vitória em um grupo totalmente acessível contra Croácia, Marrocos e Canadá. Sinceramente respeito a camisa quatro estrelas, mas esperava, sim, um novo fracasso da Alemanha. Não surpreende.

Para os amantes da geografia, nunca houve tanta isonomia entre os continentes como nesta Copa. As oitavas de final largam hoje com representantes de todos os continentes — embora o mapa-múndi da Fifa bagunce o atlas. Explico: a surpreendente Austrália, adversária de hoje da Argentina, fica na Oceania, mas disputa as Eliminatórias da Copa na Ásia.

Impressionante a guinada africana. Há quatro anos e meio, nenhuma seleção daquele continente avançou ao mata-mata. A segunda fase terá dois: Marrocos, a pedra no caminho da Espanha; e Senegal, adversária da Inglaterra. Por falar nesse confronto, temos um técnico negro entre os 16 candidatos ao título. Aliou Cissé, de Senegal, está na briga. Ele se igualou ao nigeriano Stephen Keshi ao se tornar o segundo africano a alcançar as oitavas como técnico e jogador. Em 2002, Cissé jogava naquele timaço de Senegal eliminado nas quartas de final.

Ainda sobre inclusão. Um dos legados da fase de grupos é a inédita arbitragem feminina de Stéphanie Frapart, uma francesa da terra da liberdade, igualdade e fraternidade, na vitória da eliminada Alemanha contra a Costa Rica.

A primeira fase termina com uma prova de popularidade. A Argentina é a seleção que mais levou público ao estádio em um jogo. Foram 88.966 espectadores na vitória de Lionel Messi e companhia contra o México. Não havia tanta gente em uma arena do Mundial desde a final de 1994 entre Brasil e e Itália, no Rose Bowl, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Entre tantas incertezas nessa traiçoeira Copa, há uma convicção. O Brasil continuará sendo, pelo menos até 2026, o único pentacampeão mundial. Culpa da ausente Itália e da eliminada Alemanha.

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