O autêntico Mundial de Clubes voltará a campo na terça-feira, dois dias depois do fim do genérico. A Champions League é para o futebol o que a NBA significa para o basquete: o mais alto padrão de excelência do jogo. Com todo o respeito a Flamengo, Al-Hilal, Al-Ahly e demais sonhadores, aceitem que dói menos: com eles ninguém pode há uma década! Simples assim.
Atual campeão da liga norte-americana de basquete, o Golden State Warriors não aceita desafiantes fora das fronteiras dos EUA e do Canadá. Observou? Quem conquista a competição se autointitula campeão mundial. Não é obrigado a participar de um torneio à parte contra rivais de outros continentes a fim de comprovar qualidade.
É assim no mundinho da Fiba. Deveria ser também no da prima rica Fifa. O calendário agradeceria o fim do desperdício de 11 datas com torneio inútil. Maltratado inclusive pela Fifa. Dois meses antes, não se sabia onde seria. Aa decisão do terceiro lugar entre Al-Ahly e Flamengo mudou de cidade com o evento rolando. Isso é Padrão Fifa?!
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Desde a revolucionária Lei Bosman, em 1995, e o início da formação de seleções transnacionais, é quase impossível concorrer com clubes europeus no Mundial — e será pior no prometido formato com 32 times. O presidente Gianni Infantino planeja inaugurar a configuração em 2025. Além de fazer mimos à família Fifa em troca de votos, o dirigente deseja ocupar o vácuo deixado pela Copa das Confederações.
Sim, São Paulo (2005), Internacional (2006) e Corinthians (2012) conseguiram derrotar Liverpool, Barcelona e Chelsea, respectivamente. Todos por 1 x 0. Exceções. A regra é a iminente sequência de 10 conquistas europeias consecutivas. O Real Madrid ostenta o peso de favoritaço na decisão de hoje, às 16h, contra o Al-Hilal da Arábia Saudita, em Rabat, no Marrocos.
Mas voltemos ao autêntico Mundial de Clubes. As oitavas de final da Liga dos Campeões largam na terça-feira com um duelo entre PSG e Bayern de Munique. Depois de guiar a Argentina ao tri na Copa do Mundo, Messi tem como desafio mudar o patamar do PSG. Neymar e Mbappé falharam. Em 2020. amargaram o vice justamente contra o Bayern. Um duelo entre o trio que ainda não encanta contra a trinca formada por Gnabry, Mané e Musiala.
O menu oferece duelo entre um gigante que evoluiu contra emergente em evolução. Heptacampeão, o Milan volta às oitavas pela primeira vez desde 2014. O Tottenham foi vice em 2019. Na quarta, o surpreendente Brugge medirá forças com o interessante Benfica guiado pelo alemão Roger Schmidt. A primeira semana também testará o Chelsea. Novo dono do clube inglês, Toddy Boehly torrou R$ 1,8 bilhão na janela de transferências de janeiro para duelar com o Borussia Dortmund. No próximo sábado a gente fala sobre os outros quatro duelos marcados para os dias 21 e 22.
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