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feminicídio

Artigo: Mais conversa, menos violência

Denuncie a violência, acolha mulheres, eduque homens para o respeito e a igualdade, não aceite machismo

Denise Motta, Celina Leão e Sandro Avelar no seminário 'Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos'  -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press)
Denise Motta, Celina Leão e Sandro Avelar no seminário 'Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos' - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press)
postado em 23/07/2023 06:00

A dor causada por um feminicídio se alastra. Feito bicho selvagem, canibaliza famílias inteiras, destruindo todo o sonho de uma casa segura, de uma convivência harmoniosa, de uma vida tranquila, com esperança de um futuro próspero. Desde 2015, são 400 órfãos somente no Distrito Federal. Filhos privados da companhia e do cuidado das mães, a maioria assassinadas por maridos ou ex-companheiros. Um trauma que não tem tamanho e deixa marcas eternas.

Esse número alarmante foi apenas um dos citados durante o seminário Combate ao feminicídio: responsabilidade de todos, realizado na semana que passou no auditório do Correio Braziliense, como parte da iniciativa do jornal de chamar a sociedade para refletir a respeito da tragédia que se abate sobre as mulheres no Brasil. A socióloga Raissa Rossiter chamou a atenção para o número de órfãos desde 2015. Só no DF, foram 20 mulheres assassinadas neste ano.

São estatísticas que jamais podem ser ignoradas. Por essa razão, chamamos diversas autoridades para discutir formas de enfrentamento ao feminicídio e à violência contra a mulher. O governo do Distrito Federal (GDF) e o governo federal estiveram representados no debate pela governadora em exercício, Celina Leão (PP); pelo secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar; e pela secretária nacional de enfrentamento à violência contra mulheres do Ministério das Mulheres, Denise Motta Dal.

A vice-governadora ressaltou que o GDF está implementando uma força-tarefa para combater o problema. Reforçar a rede de proteção, dar suporte às famílias e integrar políticas e ações para enfrentar o problema. Também representante do Ministério das Mulheres, Rita Lima defendeu a educação como forma de mudar a cultura machista, raiz da violência contra as mulheres.

Chamou a atenção a fala da diretora da Divisão de Perícias Externas no Instituto de Criminalística da Polícia Civil, Beatriz Figueiredo, que defendeu ações preventivas como meio mais eficaz para inibir a onda de violência doméstica.

O Correio é parte dessa luta e se compromete com informação de qualidade, promoção de debates e cobrança das autoridades por ações de proteção às mulheres e punição dos culpados por agredi-las e matá-las. Te convidamos a fazer parte da solução. Denuncie a violência, acolha mulheres, eduque homens para o respeito e a igualdade, não aceite machismo.

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