
O Brasil vai fechar o ano com uma grande vitória na mobilização pelas altas coberturas vacinais. Até o mês passado, houve aumento de 15 dos 16 imunizantes recomendados para o público infantil — segundo o Ministério da Saúde, uma elevação média de 17 pontos percentuais em relação a 2022.
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Mérito da pasta, que desde o início da atual gestão tem trabalhado para retomar os índices seguros de vacinação, e triunfo de cada um de nós, que garantimos a segurança das nossas crianças contra doenças evitáveis e, assim, ajudamos também a proteger a coletividade.
De acordo com o ministério, a primeira dose da tríplice viral, por exemplo, cresceu de 80,7% para 96,3% em menos de dois anos. O imunizante protege contra sarampo, caxumba e rubéola. E foi graças a esse avanço que o Brasil recuperou o certificado, concedido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de país livre do sarampo e da rubéola — título que tínhamos perdido em 2019.
Por sua vez, o reforço da vacina contra a poliomielite saltou de 67,7% para 100%. Essa doença perigosíssima pode provocar paralisia irreversível nas pernas ou nos braços, e, embora seja raro, até mesmo a morte, porque tem potencial para fazer com que os músculos respiratórios parem. Quando a população não adere à imunização, portanto, abre a porta para o retorno dessa enfermidade cruel.
O único imunizante que destoou desse progresso foi o de combate à catapora, que apresentou queda. Segundo o ministério, por causa da instabilidade de fornecimento pelos laboratórios fabricantes desde o começo de 2022. Mas, ainda conforme a pasta, a distribuição será normalizada nos próximos meses.
O enfrentamento à covid-19 também segue entre as prioridades, porque a doença continua a causar sequelas e mortes. Na semana passada, o ministério anunciou que o imunizante fará parte do Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos. Outras novidades são o esquema vacinal para crianças de 6 meses a menores de 5 anos com três doses da Pfizer e o início da oferta da vacina da Zalika Farmacêutica.
Os desafios ainda são múltiplos, mas, ao contrário do que aconteceu em gestões anteriores, marcadas pelo negacionismo, há comprometimento com a imunização e com o resgate da confiança da população nas vacinas. Os resultados estão aparecendo.