Desde 24 de junho, quando completei 50 anos como repórter e colunista do Correio Braziliense, venho sendo cumprimentado por colegas de ofício, amigos e leitores, notadamente em ambientes que acolhem manifestações artísticas em Brasília — locais como os auditórios do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o Clube do Choro e a Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro, além de casas noturnas.
A data foi celebrada na área de eventos do CB, com uma solenidade que vou guardar para sempre na minha memória afetiva. Um dia depois, no espaço cultural do Beirute, mix de bar, restaurante, ponto de encontro dos brasilienses, na 109 Sul, autografei Artes em festa, meu segundo livro, de 106 páginas, que acabara de sair pela editora Outubro. Fiz o mesmo em Barreiras, minha cidade natal, no Oeste baiano.
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Reuni nessa obra artigos sobre momentos da trajetória de alguns dos mais importantes cantores, compositores e instrumentistas da música popular brasileira, publicados originalmente, às terças-feiras, na página de Opinião do jornal, que acolhe meus escritos.
O que me levou, basicamente, a escrever esses artigos foram os artistas que fizeram shows, lançaram discos ou foram homenageados aqui na cidade; entre eles, Pixinguinha, Dorival Caymmi, Tom Jobim, João Gilberto, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Renato Russo, Cazuza, Alok, Elis Regina, Elza Soares, Maria Bethânia, Gal Costa, Daniela Mercury e Ivete Sangalo.
Ao longo dessas cinco décadas, fiz cobertura, de todas as edições do Prêmio da Música Brasileira, do Projeto Pixinguinha e de eventos diversos, como Rock in Rio, Free Jazz, Festival de Parintins, shows históricos, entre quais os de Paul McCartney, Bob Dylan, Tina Turner, João Gilberto, Tribalistas (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown), Grande Encontro (Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho), Paulinho da Viola, Cazuza, além do carnaval de Salvador e da Micarecandanga.
Prazerosamente, fui o primeiro a escrever matérias sobre Cássia Eller, Zélia Duncan, Rosa Passos, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude, Natiruts, Hamilton de Holanda, que se destacaram aqui na cidade, antes de brilharem nacional e internacionalmente.
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Em 2004, a convite de Ivete Sangalo, a acompanhei na turnê que ela realizou por algumas cidades portuguesas, incluindo Lisboa e Porto. Anteriormente, na década de 1990, tive sempre ótima acolhida de Daniela Mercury, no concorrido camarote que a estrela da axé music mantinha no circuito da Barra Avenida, durante o carnaval soteropolitano.
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Quando faço o balanço do trabalho que tenho realizado no nosso CB, me vem à mente doces lembranças do dia 24 de junho de 1975, data em que botei o pé, pela primeira vez, nas dependências dessa instituição da capital federal, a convite do editor de esporte José Natal. Fui sabatinado por Ary Cunha, o exigente diretor da redação, que aprovou a minha contratação. A partir dali, o meu dia a dia passou a ter outro significado, principalmente pelo respaldo que recebo dos assinantes e leitores do órgão de imprensa que circula desde a inauguração de Brasília.
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