Brasília sempre

Prêmio JK Correio é um triunfo da memória

O prêmio com o nome de JK carrega um simbolismo enorme. Não poderíamos ter escolhido outro. O Correio tem em sua gênese o espírito de construir e crescer com a cidade.

plateia do prêmio JK -  (crédito: Mariana Campos)
plateia do prêmio JK - (crédito: Mariana Campos)

Hoje eu quero falar sobre a importância do reconhecimento. Reconhecer é dignificar uma história. É torná-la pública, ainda que já seja. É tornar mais visível a trajetória de quem vive com propósito, abraçado a uma causa, dia a dia. É honrar pessoas importantes para uma cidade, um país. Brasília tem tanta gente incrível, contribuindo para a política, a cultura, a ciência, o esporte, o meio ambiente e tantas outras áreas. Estou imensamente feliz por termos tirado do papel uma ideia que tem o objetivo não apenas de reconhecer, mas sobretudo de agradecer.

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Na semana que passou, vivi um dos momentos mais bonitos da minha trajetória no Correio Braziliense. Realizamos a primeira edição do Prêmio JK, uma homenagem a personalidades que ajudam a construir a história de Brasília, no auditório do Tribunal de Contas da União (TCU). Reunimos políticos, autoridades, cientistas, empresários, atletas, muitos que contribuem para o desenvolvimento econômico, social, político, esportivo e cultural da nossa capital.

Os premiados foram escolhidos por um conselho formado na Redação. A seleção contemplou a diversidade. Homens, mulheres, jovens, velhos, acadêmicos e periféricos, gente do campo e da cidade, da política e dos tribunais entraram na lista. Homenageamos Guilherme Reis, In Memoriam, que tanto fez por nossa cultura; José Sarney, o primeiro político a chegar à capital, representado por seu neto; Maria de Lourdes Abadia, mulher de incrível biografia na política e nossa representante como constituinte; Osório Adriano, ícone do empreendedorismo, que fez questão de dizer, na noite de premiação, que chegou a Brasília quando tudo ainda era um canteiro de obras, em 1957.  

A lista é longa e diversa. Os discursos, emocionantes e emocionados, me levaram a muitos lugares, passeando por Brasília desde os seus primórdios até o presente, onde todos ainda fazem diferença. Parecia um longametragem animado por memórias de uma capital que se concretizou a partir de sonho, mas também de muito trabalho e esforço.

Em cada um dos segmentos, havia representantes que cavaram espaços, construíram, levaram o nome de Brasília para muitos pódios — da ciência, como Mercedes Bustamante, grande autoridade do Cerrado, e Lúcia Willadino Braga, referência na neurociência com o trabalho no Hospital Sarah; ao esporte, com Caio Bomfim e sua família de enorme grandeza. Fiquei feliz também de ver os jovens que promovem a inovação com projetos variados e também na vida cultural da cidade. Ainda mais por ouvir discurso que celebram a participação das mulheres em todos os setores.

No dia seguinte ao prêmio, recebi a foto de uma construção de madeira, uma mercearia no Núcleo Bandeirante. "Olha como meu pai criou toda a família! Passou um filme na cabeça", escreveu Iêda Carvalho Mendes, que recebeu o prêmio na categoria agro, ainda reverberando a noite especial. Foram muitos relatos emocionados e emocionantes. Todos em agradecimento.

O prêmio com o nome de JK carrega um simbolismo enorme. Não poderíamos ter escolhido outro. O Correio tem em sua gênese o espírito de construir e crescer com a cidade. Em abril, o jornal completou 65 anos como registro vivo da história de Brasília. E, em 2024, os Diários Associados comemoraram o centenário do grupo fundado por Assis Chateaubriand. Temos como missão manter a memória límpida e ativa, e esta memória é feita de gente que transforma a cidade todos os dias. Só temos a agradecer pela noite histórica, por tudo e por tanto.

 

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postado em 14/12/2025 04:47
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