Na tentativa de minimizar a debandada dos secretários especiais Salim Mattar (Desestatização e Privatização) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital) ocorrida, nessa terça-feira (11/8), o presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais, nesta quarta-feira (12/8) para tentar diminuir o impacto da saída dos mesmos. Segundo o chefe do Executivo, a atitude é “normal”.
“Em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais. Todos os que nos deixam, voluntariamente, vão para uma outra atividade muito melhor”, apontou.
De acordo com Guedes, Salim e Uebel pediram demissão por estarem insatisfeitos com falta de resultados em suas respectivas pastas. No caso de Salim, dono da Localiza, a justificativa da saída ocorreu porque ele não conseguiu entregar os projetos de privatizações e ficou insatisfeito com o ritmo determinado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Já Uebel pediu para deixar o governo porque a reforma administrativa foi adiada e ele disse ao ministro que preferia sair, após o presidente sinalizar que não tinha interesse em tocar a proposta neste ano e, provavelmente, no próximo.
Defesa
No texto, Bolsonaro defendeu ainda a privatização de ‘empresas deficitárias’ e afirmou que o país está ‘inchado’. “Os desafios burocráticos do estado brasileiro são enormes e o tempo corre ao lado dos sindicatos e do corporativismo e partidos de esquerda. O estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada”, escreveu o chefe do Executivo.
O presidente também criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a venda de estatais sem anuência do Parlamento. “Privatizar está longe de ser, simplesmente, pegar uma estatal e colocá-la numa prateleira para aquele que der mais "levá-la para casa." Para agravar o STF decidiu, em 2019, que as privatizações das empresas "mães" devem passar pelo crivo do Congresso”, completou.
Bolsonaro justificou que não é possível atender a todos os ministros que pedem mais recursos para investimentos e fez um aceno ao ministro da Economia, Paulo Guedes ao defender o teto de gastos. “Num orçamento cada vez mais curto é normal os ministros buscarem recursos para obras essenciais. Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos”.
Por fim, Bolsonaro destacou que o governo conseguiu aprovar a reforma da previdência em tempo recorde, além de reduzir taxas de juros e ter conseguido o congelamento do aumento salarial de funcionários públicos.
“Em tempo recorde fizemos a reforma previdenciária, as taxas de juros se encontram nos inacreditáveis 2% e os gastos com o funcionalismo está contido até o final de 2021. O Presidente e seus Ministros continuam unidos e cônscios da responsabilidade de conduzir a economia e os destinos do Brasil com responsabilidade”, concluiu.
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