Impunidade

Fux fala a Bolsonaro sobre importância do combate à corrupção

Presidente do Supremo e chefe do Executivo tiveram a primeira reunião oficial após a troca de comando na Corte de Justiça. Fux informou também que pretende avançar na proteção de direitos humanos e do meio ambiente

Ingrid Soares
Renato Souza
postado em 13/10/2020 16:31
 (crédito: Marcelo Ferreira)
(crédito: Marcelo Ferreira)

Em uma reunião realizada na tarde desta terça-feira (13), no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, disse ao presidente Jair Bolsonaro que se esforçará em combater à corrupção, com foco nos crimes de lavagem de dinheiro. No encontro, o magistrado também pediu esforços na proteção do meio ambiente.

Foi a primeira visita oficial de Bolsonaro a Fux após o magistrado assumir a presidência do Supremo, e consequentemente, a liderança do Poder Judiciário. De acordo com o STF, a reunião ocorreu com a presença de assessores de ambas as autoridades. A conversa durou cerca de 45 minutos. "Na oportunidade, o presidente Fux apresentou as principais diretrizes da gestão à frente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o biênio 2020/2022. Fux destacou ao presidente da República que pretende fortalecer a vocação constitucional do Supremo", informou o Supremo, em nota.

Ainda de acordo com a Corte, "o ministro elencou também os eixos da gestão — proteção aos direitos humanos e do meio ambiente; garantia da segurança jurídica conducente à otimização do ambiente de negócios no Brasil; combate à corrupção, ao crime organizado e à lavagem de dinheiro, com a consequente recuperação de ativos; incentivo ao acesso à justiça digital".

A visita do presidente Jair Bolsonaro ocorre em meio a tensões no Tribunal em razão da soltura do traficante André do Rap, do Primeiro Comando Capital (PCC). Ele foi solto por determinação do ministro Marco Aurélio Mello. A decisão foi revogada pelo ministro Fux, mas o criminoso já havia fugido e está sendo procurado pela Polícia Internacional (Interpol), a pedido da Polícia Federal.

Além disso, o Supremo precisa decidir se Bolsonaro deve prestar depoimento à PF por escrito ou se terá de comparecer pessoalmente. O chefe do Executivo é acusado de tentar interferir na corporação e se tornou alvo de um inquérito após as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro.

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