JUSTIÇA

Fux marca para quarta-feira (21/10) julgamento sobre afastamento de senador

Barroso afastou o parlamentar do cargo por 90 dias para não atrapalhar as investigações da Polícia Federal (PF)

Sarah Teófilo
postado em 16/10/2020 20:36 / atualizado em 16/10/2020 21:12
 (crédito: AFP PHOTO / SENADO BRASILEIRO / ROQUE DE SA)
(crédito: AFP PHOTO / SENADO BRASILEIRO / ROQUE DE SA)

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux marcou para quarta-feira (21/10) o julgamento da decisão do colega Luís Roberto Barroso pelo afastamento, por 90 dias, do senador Chico Rodrigues (DEM-RR). O parlamentar foi pego pela Polícia Federal com R$ 33,1 mil na cueca em operação do último dia 14.

Barroso havia pedido mais cedo que o plenário decidisse sobre o afastamento do senador, determinado por ele na quinta-feira (15). A decisão do magistrado ainda tem que passar pelo Senado Federal, que pode confirmar ou não o entendimento. Ainda assim, o ministro pediu para que o presidente do Supremo pautasse o tema para a próxima semana. Um entendimento colegiado do assunto dará força à decisão de Barroso.

Operação

O senador foi alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Desvid-19, que apura esquema de desvio de verbas públicas oriundas de emendas parlamentares que eram destinadas ao combate à pandemia da covid-19 em Roraima, no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde. Conforme relatório da PF, o senador estava com R$ 15 mil “no interior de sua cueca, próximo às suas nádegas”, e mais R$ 18.150 na cueca.

O dinheiro foi descoberto quando o senador pediu para ir ao banheiro e um delegado da PF “percebeu que havia um grande volume, em formato retangular, na parte traseira das vestes do senador”. Ao ser questionado sobre o que era, Chico “ficou bastante assustado e disse que não havia nada”, mas o delegado resolveu fazer buscas e encontrou dinheiro. Antes das buscas nas vestes do senador, a PF já havia encontrado em um cofre no armário do quarto do senador R$ 10 mil e U$ 6 mil (o equivalente a cerca de R$ 33.720, com o dólar a R$ 5,62).

Em nota, o senador afirmou que deixou o cargo de vice-líder para esclarecer os fatos e "trazer à tona a verdade". "Acreditando na verdade, estou confiante na justiça, e digo que, logo tudo será esclarecido e provarei que nada tenho haver com qualquer ato ilícito de qualquer natureza", ressaltou. Chico disse ainda que acredita nas diretrizes que o presidente usa para gerir o país. "Vou cuidar da minha defesa, e provar minha inocência", afirmou.

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