ELEIÇÃO DOS EUA

Bolsonaro diz que eleição dos EUA corre risco de ingerência externa

Presidente afirma que o Brasil também pode sofrer interferências no pleito de 2022. Segundo ele, potencial agropecuário do país e domínio sobre Amazônia despertam interesses políticos de outras nações

Augusto Fernandes
postado em 03/11/2020 10:56 / atualizado em 03/11/2020 10:58
 (crédito: Alan Santos/PR - 19/3/19)
(crédito: Alan Santos/PR - 19/3/19)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nas suas redes sociais, na manhã desta terça-feira (3/11), que a eleição presidencial dos Estados Unidos corre o risco da "ingerência de outras potências". Além disso, o mandatário opinou que, no próximo pleito presidencial do Brasil, em 2022, o país pode sofrer o mesmo tipo de interferência externa.

De acordo com Bolsonaro, "as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial, por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais" e, por isso, "há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências, no resultado final das urnas".

Na publicação, o chefe do Palácio do Planalto destacou que o potencial agropecuário do Brasil é um forte motivo para que as eleições presidenciais de 2022 sejam manchadas pelos interesses políticos de outros países.

"No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022", escreveu.

Ele citou a Amazônia como outro tema que pode influenciar os resultados das urnas do Brasil em 2022. Desde o ano passado, Bolsonaro é criticado pela sua política ambiental e sobretudo pela falta de uma resposta contra as queimadas no bioma.

"Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia", ponderou.

O presidente também analisou que isso é um alerta não só para o Brasil, mas para toda a América do Sul, que, segundo ele, está sendo dominada pela esquerda. "Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem, a América do Sul está caminhando para a esquerda."

 

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