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"Se é de alguém que é demissível, é passível de cartão vermelho", diz Bolsonaro

O presidente voltou a criticar a proposta de expropriação de bens como punição para crimes ambientais que vazou de um projeto do vice-presidente Hamilton Mourão

Thays Martins
postado em 12/11/2020 19:47 / atualizado em 12/11/2020 19:47
 (crédito: Youtube/ reprodução )
(crédito: Youtube/ reprodução )

O presidente Jair Bolsonaro voltou a desautorizar a proposta do vice-presidente Hamilton Mourão de expropriação de bens de donos de terras que cometerem crimes ambientais. Em live, na noite desta quinta-feira (12/11), o presidente disse que se a proposta fosse "de alguém que é demissível, é passível de cartão vermelho".  Sem citar o nome de Mourão, o presidente disse que quando os integrantes do governo se juntaram a ele sabiam o que ele pensava. "Quando eles se casaram comigo, já sabiam das minhas virtudes e defeitos", destacou. 

Na live desta quinta, o presidente comparou a proposta a algo como alguém do governo propor a legalização do aborto. "É a mesma coisa de alguém do governo propor a legalização do aborto. A propriedade privada, eu entendo que é sagrada. Um dos tripés da democracia", afirmou.

Bolsonaro também comparou a proposta a um outro projeto. Em 2014, foi promulgada a Emenda Constitucional 81 que permite a punição do trabalho escravo com expropriação de propriedade. "Eu fui uma das pessoas que voltou contra. Eu não sou a favor do trabalho escravo. Mas o trabalho análogo à escravidão pode ser tipificado como escravidão. Eu sei pouco sobre isso, por exemplo, se você tiver um alojamento mal ventilado, roupa de cama suja, isso é análogo a escravidão. o pobre do fazendeiro vai perder a propriedade por causa disso? Não é um exerço? Seus filhos e netos vão perder tudo", afirmou.

A proposta foi divulgada pelo Estado de S. Paulo, em reportagem publicada na última quarta-feira (11/11). O projeto fazia parte de uma minuta do Conselho da Amazônia. Mais cedo, Bolsonaro reagiu nas redes sociais acusando o jornal de fake news e que, se a proposta fosse de alguém do governo, seria um "delírio". O vice-presidente da República reagiu lamentando o vazamento do documento e deu razão para o presidente


 

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