A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (18) uma operação contra um esquema criminoso supostamente montado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). As investigações apontam que os magistrados recebiam propina para defender interesses dos envolvidos no esquema.
Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a sete investigados. Os mandados foram expedidos pelo ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso foi descoberto durante as investigações da Operação Capitu, que investigava crimes na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura, em 2018.
"Ao analisar o material apreendido naquela oportunidade, os investigadores identificaram mensagens no telefone celular de um advogado, que indicavam a prática de diversos delitos, sendo alguns com participação de desembargadores do TJMG. Essa descoberta fez com que o caso fosse enviado ao STJ, foro para processamento e julgamento de processos contra magistrados de segunda instância", afirma o Ministério Público Federal.
No relatório, a procuradora Lindôra Araújo afirma que diversos delitos podem ter sido cometidos pelos magistrados e demais envolvidos. "Os fatos incluem pagamentos indevidos ao desembargador para que ele pudesse intervir junto a colegas e até a autoridades de órgãos fora do Judiciário para a adoção de medidas de interesse dos envolvidos no esquema. Também revelam a existência de contratos superfaturados de prestação de serviços por um advogado, que seria o principal operador do grupo.
Entre o material apresentado, estão transcrições das conversas entre os desembargadores e os advogados suspeitos.
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