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Carlos Bolsonaro quer proibir uso de gênero neutro para "defender educação"

Vereador do Republicanos alega que o objetivo do projeto de lei proposto por ele é impedir que a língua portuguesa seja "pervertida para atender às pressões de grupos ínfimos que pretendem derrubar sua norma culta"

Jailson R. Sena*
postado em 03/12/2020 15:11 / atualizado em 03/12/2020 15:12
 (crédito: Sérgio Lima/AFP)
(crédito: Sérgio Lima/AFP)

O Diário Oficial do Rio de Janeiro desta quinta-feira (3/12) publicou um projeto do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para proibir "terminantemente" o uso de "linguagem que, corrompendo às regras gramaticais estabelecidas e aprovadas no país, pretendam se referir a gênero neutro, inexistente na Língua Portuguesa". 

"Atualmente, nos tornamos testemunhas da destruição sistemática de nossa cultura, em todos os níveis, com especial requinte de crueldade sobre a nossa Língua materna, pervertida para atender às pressões de grupos ínfimos que pretendem derrubar sua norma culta para implementar uma degenerescência canhestramente chamada de linguagem neutra", diz um trecho da justifica do projeto.

O vereador relembra que os deputados Márcio Gualberto e Anderson Moraes já apresentaram algo semelhante, e que o objetivo é defender a "educação correta e regular de nossa Língua", como também evitar "perversões e alterações maliciosas e progressistas".

A proposta de Calos Bolsonaro abrange não apenas a rede de ensino pública, como também a particular; e a penalidade poderia chegar à suspensão do alvará de funcionamento do colégio que violar a norma.

Gênero Neutro

Segundo definições, gênero neutro é um modo de se referir a todos sem particularizar o gênero. É uma forma de utilização de uma terceira letra, além do A para o gênero feminino e do O para o masculino, como por exemplo na palavra todos/todas, que pode ser escrita como todxs ou todes. 

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro 

 

 

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