Parlamentares buscam maneiras de gerar uma ação do Poder Executivo sobre a definição de um cronograma de vacinação nacional contra a covid-19. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem encorajado propostas legislativas que busquem uma reação do governo federal no que diz respeito a compra de vacinas aprovadas pelas principais agências internacionais, e para que estados e municípios possam escolher quais imunizantes adquirir.
Rodrigo Maia pediu para a Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 que inclua a obrigatoriedade do governo federal de comprar vacinas já aprovadas por agências reguladoras e sanitárias dos Estados Unidos, União Europeia, Japão ou China na Medida Provisória que autoriza o governo a aderir ao consórcio global Covax Facility.
Para o professor de ciência política da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Geraldo Tadeu, a ação de outros poderes do governo ocorre em decorrência da omissão do governo federal em relação à pandemia.
“Veja que os governadores têm que se mobilizar para fazer uma reação com o ministro da Saúde. Nós já tivemos outros episódios de mobilização do próprio Congresso, como o auxílio emergencial, que foi uma decisão do Congresso”, pontuou.
Geraldo argumentou que a situação prejudica enormemente o combate à pandemia. “Você não tem mensagens claras para a população. Você não tem uma autoridade clara, como tinha o (ex-ministro da Saúde, Henrique) Mandetta, que realizava as entrevistas coletivas e dizia ‘façam isso, não façam aquilo’. Então, tudo é permitido, e isso mostra a evolução da pandemia ao sabor das circunstâncias.”
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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