De olho em 2022

Bolsonaro promete "partido de direita" para as eleições de 2022

Presidente admitiu dificuldades para fundar o Aliança pelo Brasil e que, por isso, deverá seguir para uma legenda já existente até março de 2021

Wesley Oliveira
postado em 19/12/2020 22:12
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro prometeu um "partido de direita" para abrigar as candidaturas que irão lhe apoiar no projeto de reeleição em 2022. Durante entrevista ao canal do seu filho Eduardo Bolsonaro, no YouTube, o chefe do Planalto afirmou que, caso não consiga criar um partido próprio, irá se filiar a alguma legenda existente até março do ano que vem.

"O pessoal da direita aí, vai ter partido de direita para 2022", afirmou o presidente, que logo em seguida reconheceu as dificuldades para a criação de uma nova legenda. Desde que deixou o PSL, Bolsonaro e seus aliados tentam fundar o Aliança Pelo Brasil, no entanto, o projeto ainda não conseguiu o número mínimo de assinaturas para ter o registro na Justiça Eleitoral

“Está difícil, burocratizou-se muito a questão da formação de partido. Se eu tivesse feito lá atrás um partido, alguns anos atrás, sem problema nenhum. Agora decisão minha: março, se o Aliança não estiver formado em março, é possível formar sim, mas se não estiver formado, já estou namorando aí alguns partidos, vou fechar com um, para esse pessoal poder se preparar para 2022”, disse Bolsonaro.

Homenagem para Ustra

Na mesma entrevista, o presidente brasileiro voltou a parabenizar o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura, e afirmou que presos políticos do regime militar eram “tratados com toda a dignidade”. Na transmissão, Bolsonaro recomendou um livro escrito pelo militar.

“O livro A Verdade Sufocada, de Ustra, narra fatos, como os presos – não era preso político não -, terroristas eram tratados no DOI-CODI de São Paulo, tratados com toda a dignidade, inclusive as presas grávidas”, afirmou. Em seguida, o presidente afirmou que o livro conta a verdadeira história do período ditatorial.

“Uma história realmente verdadeira, para quem não quer ser manipulado pela esquerda, não é aquela ‘historinha’ que a esquerda conta cheia de blá-blá-blá, sempre se vitimizando, lutando por democracia, etc, etc, etc”, completou Bolsonaro.

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