Eleição no Congresso

Lira rebate Maia em mais um round da luta pela presidência da Câmara

Nesta terça-feira (22/12), Arthur Lira, candidato de Bolsonaro, escreveu no Twitter que Rodrigo Maia teve apoio de Michel Temer e também do atual presidente no início de 2019 e que isso é legítimo

Simone Kafruni
postado em 22/12/2020 12:43 / atualizado em 22/12/2020 13:14
 (crédito: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
(crédito: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Em mais um round da disputa pela presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, rebateu as declarações de Rodrigo Maia (DEM-RJ) pela rede social Twitter. Segundo Lira, é “difícil entender a obsessão pela oposição e independência de ocasião”. “O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, legitimamente teve apoio de Michel Temer e até de Jair Bolsonaro ali no início de 2019”, escreveu.

Em resposta a si mesmo na rede social, continuou: “Nem por isso foi subserviente ou acusado de anti-democrático ou autoritário. A Casa só é independente quando a vontade de seus membros se faz valer. Essa é a independência de verdade.”

Embora não possa ser reeleito, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, construiu um bloco de partidos que pode assegurar a maioria na disputa pelo comando da Casa, cuja eleição é em 1º de fevereiro de 2021. Maia defende que emplacar Lira é garantir o avanço da pauta de costumes, com projetos relacionados a armas, aborto e gênero. Essa agenda, segundo Maia, divide o Brasil e gera ódio entre as pessoas.

Recesso parlamentar

Lira, por sua vez, tem dito que sua candidatura é para o fortalecimento da Câmara e para dar voz à totalidade dos deputados e não somente à vontade de Maia. Em disputa também está a defesa de não fazer recesso em janeiro. Maia sustenta manter os trabalhos para avançar nas votações; Lira diz que Maia quer “articular a eleição” no período.

No meio dessa discussão, Maia desafiou o governo federal ao colocar em votação, de surpresa, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Municípios, que eleva em 1% as transferências da União para o Fundo de Participação dos Municípios, o que pode retirar mais R$ 4 bilhões por ano do Tesouro Nacional.

https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2020/12/4895153-movimento-para-cancelar-recesso-parlamentar-ganha-forca-no-congresso.html

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