O DEM estará no bloco do candidato à presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP) no dia das eleições. É o que garantiu, na tarde desta quarta-feira (27/1), o atual presidente da Casa e padrinho de Baleia, Rodrigo Maia (DEM-RJ) durante coletiva na Câmara. Maia tocou no tema pois o partido tem, entre seus deputados, nomes que apoiam o adversário, o líder do Centrão apadrinhado por Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL). Lira se reuniu, na Bahia, com o presidente nacional do DEM, ACM Neto, na última segunda-feira (25).
Maia afirmou que o DEM seguirá no bloco de Baleia, mas não descartou uma reunião de bancada para que a posição do partido pudesse ser votada e decidida pela maioria. “O DEM vai ficar no bloco do deputado Baleia. Foi esse o diálogo que tive com o líder do partido e o presidente do partido. Existem divergências, como existem em todos os partidos. Existem represálias, deputados que não falam por medo de represálias. Mas sei, essa é minha opinião, que o DEM estará no bloco do deputado Baleia em 1º de fevereiro”, afirmou.
Sobre a reunião de bancada, Maia destacou que a divergência interna é legítima. Ele destacou, no entanto, que o partido tem atuado em uma posição de independência do governo por uma posição do presidente nacional da legenda. “Se essa não fosse a posição da presidência nacional do DEM, ou eu não estaria no Democratas, ou estaria divergindo do presidente, o ACM Neto”, afirmou.
“Toda minha posição de crítica, que pode ser mais dura, de independência ao governo, está baseada e lastreada no que eu dialogo e confio no presidente nacional do DEM, que diz que o DEM não fará parte da base do governo. É por isso que tenho toda a liberdade, de sempre que posso, que entendo relevante, vindicar esse governo”, completou.
Fora do bloco
Na coletiva, Maia também falou da indefinição do PSL. Disse que a decisão do PSL de ficar no bloco do Baleia, ou de ir com maioria dos integrantes, que inclui uma grande parte de deputados de extrema-direita suspensos, para o bloco de Lira, não está tomada. Ele lembrou, no entanto, que, pela Lei dos Partidos, parlamentares suspensos pelas suas legendas não podem responder em nome da agremiação.
“A lei diz uma coisa e precisa ser respeitada. Ter maioria não te dá o direito de não reconhecer as leis. Um deputado suspenso perde a prerrogativa de representar os interesses do partido em relação ao parlamento, Câmara ou Senado. Mas o PSL tem maioria, pode sair até o dia primeiro, mas está no bloco deles (de Lira)”, comentou o presidente da Câmara.
Sobre a hipótese de, com isso, a legenda que abrigou o presidente da República nas eleições de 2018 emplacar o deputado Major Vítor Hugo (GO) como primeiro vice-presidente da Câmara, Maia disse ser mais difícil. “Como suspenso ele não pode disputar a vaga do PSL. Se agregarmos mais um partido no nosso bloco, faremos a primeira escolha. E a primeira escolha caberá ao PT. A primeira escolha caberá ao PT, e não mais ao PSL (com Lira). Mas essas questões podem ser modificadas até o dia 1º”, lembrou.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.