PANDEMIA

Líder do Novo defende venda de vacina: 'Não é furar fila, é criar uma nova'

Segundo Paulo Ganime (RJ), aquisição do imunizante contra o novo coronavírus pela rede privada irá desafogar a fila da rede pública. Associação negocia a compra de cinco milhões de doses de imunizante indiano

O líder do Novo na Câmara dos Deputados, Paulo Ganime (RJ), defendeu que a rede privada possa comercializar a vacina contra a covid-19. A manifestação ocorre depois de a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) anunciar que negocia 5 milhões de doses do imunizante Covaxin, produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

Segundo Ganime, a compra pela rede privada "não é furar fila, é criar uma fila nova que vai desafogar a fila principal". A ABCVAC informou que, em um cenário otimista, as doses da vacina podem estar disponíveis até março deste ano no mercado brasileiro. Ainda não há perspectiva de quanto o imunizante irá custar.

"Eu também acharia errado se alguém pudesse pagar R$ 200 para furar fila e ter prioridade de vacinação na rede pública ou se isso tirasse vacinas que iriam para a rede pública. Mas, se vai vir de uma fonte diferente, não é furar fila, é criar uma fila nova, que vai desafogar a fila principal", argumentou o deputado no Twitter.

Testes

Nesta segunda-feira (4/1), representantes das clínicas particulares brasileiras viajaram até a Índia para visitar o laboratório, conhecer a capacidade e continuar com a tentativa de compra. No último fim de semana, a Covaxin teve o uso emergencial aprovado pelas autoridades sanitárias indianas.

De acordo com a farmacêutica Bharat Biotech, na última fase antes da liberação para uso emergencial, o imunizante foi aplicado em 26 mil voluntários em 22 localidades da Índia. A empresa fornecerá 100 milhões de doses para o governo indiano, das 300 milhões que possui de capacidade produtiva.

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