INVASÃO DO CAPITÓLIO

Ernesto Araújo repudia invasão, mas defende questionamento do pleito nos EUA

Ministros das Relações Exteriores afirmou que os questionamentos de processos eleitorais são legítimos e que não se pode chamar de "fascistas" os "cidadãos de bem" que se manifestam contra o "sistema político"

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi às redes sociais repudiar a invasão do Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, por apoiadores do presidente Donald Trump. Nas suas declarações, o chanceler disse que os questionamentos de processos eleitorais são legítimos e que não se pode chamar de "fascistas" os "cidadãos de bem" que se manifestam contra o "sistema político". Os invasores do Congresso americano não aceitam a derrota de Trump para o democrata Joe Biden.

"Nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem (quarta-feira). Mas ao mesmo tempo, nada justifica, numa democracia, o desrespeito ao povo por parte das instituições ou daqueles que as controlam", escreveu.

O ministro brasileiro afirmou que é preciso "lamentar e condenar a invasão da sede do Congresso". Na publicação, ele defendeu ainda a investigação sobre eventual "participação de elementos infiltrados na invasão" e sobre a morte de quatro pessoas.

Mesmo assim, Araújo alegou que é preciso reconhecer que "grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral", acrescentando que "duvidar da idoneidade" não é a mesma coisa que rejeitar a democracia.

Por fim, Araújo reclamou do fato de que, segundo ele, críticas a autoridades do Executivo são consideradas normais, enquanto críticas a integrantes do Legislativo ou Judiciário são vistas "como atentado contra a democracia".

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