Covid-19

Bolsonaro sobre lockdown no DF: 'O povo quer trabalhar'

O presidente compartilhou vídeo da empresária Maria Amélia, que pede para o governador Ibaneis Rocha rever o fechamento das atividades econômicas

Crítico às medidas de isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou nas suas redes sociais o vídeo de uma empresária que pede para o governador Ibaneis Rocha (MDB) desistir do lockdown que entra em vigor neste domingo (28/2) com o intuito de conter a disseminação da covid-19 no Distrito Federal (DF).

"O povo quer trabalhar", escreveu Bolsonaro, neste sábado (27/2), junto ao vídeo, gravado pela empresária Maria Amélia. Dona de uma rede de doces no Distrito Federal, Maria Amélia aparece ao lado de funcionários no vídeo e diz que "lockdown mata de fome".

"Governador, com todo respeito, eu como empresária venho aqui agora em nome dos meus funcionários e da minha empresa. Tivemos um ano muito difícil e estamos nos recuperando com união, com garra. E, nesse momento que começamos a alavancar novamente, o senhor vem e quer fechar tudo. Governador, não faça isso, nós precisamos trabalhar", começa Maria Amélia.

A empresária diz que está seguindo todas as regras de prevenção à covid-19 no trabalho, embora apareça muito próxima dos funcionários, usando a máscara de forma inadequada, no queixo. Sobre a máscara, ela argumentou: "Tirei para poder estar falando". Por isso, pede que o governador Ibaneis Rocha "faça sua parte" no combate à covid-19.

"Como estou fazendo tudo para dar certo, faça o senhor também a sua parte. Votamos no senhor, acreditamos no senhor. Coloque leitos nos hospitais, coloque mais ônibus nas ruas, porque isso que salva a população. Lockdwon mata... mata de fome", reclama Maria Amélia.

O governador Ibaneis Rocha não comentou a publicação, mas tem conversado com os setores afetados pelo lockdwon. Nas redes sociais, ele também explicou, neste sábado, que "nós infelizmente tivemos que optar pelo fechamento total do comércio porque a taxa de ocupação de leitos ultrapassa os 98%". "Não fico feliz com a decisão, sei que vai impactar na vida de milhares de pessoas, mas é necessário frente a gravidade da situação", escreveu Ibaneis.

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