BID

Bolsonaro no BID: "No meu governo, houve queda de 20% nos desmatamentos"

Chefe do Executivo compôs o painel sobre o "Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica". Mandatário afirmou que em seu governo houve redução de 20% na área desmatada da Amazônia nos últimos seis meses, em comparação ao ano anterior

Marina Barbosa
Ingrid Soares
postado em 18/03/2021 13:11
 (crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quinta-feira (18/3) da 61ª Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O chefe do Executivo compôs o painel sobre o "Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica". O evento foi realizado de forma virtual e o discurso do presidente gravado. O mandatário afirmou que em seu governo houve redução de 20% na área desmatada da Amazônia nos últimos seis meses, em comparação ao ano anterior.

“No Brasil, nos últimos 6 meses, por iniciativa do meu governo, houve uma queda de 20% nos alertas de desmatamento em comparação com o mesmo período do ano anterior. Conseguimos evitar o desmatamento de área equivalente a mil quilômetros quadrados”, apontou.

Bolsonaro reforçou que os esforços do país estão voltados para a continuidade dos resultados nos próximos meses.

O mandatário ainda citou outros programas no setor como o Floresta+ e o Adote um Parque. “Estamos avançando, também, na agenda de financiamento ao desenvolvimento sustentável da Amazônia. Por meio do programa 'Floresta+', vamos valorizar as ações de preservação daquele bioma, investindo mais de R$ 500 milhões no desenvolvimento de um mecanismo de pagamento por serviços ambientais. Com o programa 'Adote um Parque', traremos recursos para as unidades de conservação federais por meio de parcerias com pessoas físicas e jurídicas, nacionais e estrangeiras”, completou.

Para o presidente, é motivo de orgulho que o fundo tenha entre as prioridades o fomento à bioeconomia, uma sugestão apresentada pelo Brasil em 2019. Outro pedido feito pelo país diz respeito à eficácia dos projetos financiados e à transparência dos gastos. “Com poucos recursos internacionais disponíveis aos países em desenvolvimento, precisamos garantir que os projetos financiados pelo Fundo gerem resultados positivos e concretos, sem atrasos, desperdícios ou desvios de verba”, destacou.

Por fim, Bolsonaro acrescentou que o desenvolvimento sustentável e o fim do desmatamento ilegal dependem da valorização da economia amazônica e da melhoria da qualidade de vida da população local. “Por isso, estamos trabalhando para criar empregos, produtos e serviços que utilizem de modo sustentável os recursos da floresta”, concluiu.

"Futuro verde"

O ministro da Economia, Paulo Guedes, agradeceu o BID pelo acolhimento da proposta brasileira de criar um fundo para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia, inclusive com a captação de doações do setor privado. E garantiu que o governo brasileiro está pronto para "trabalhar junto, em favor do progresso das comunidades da Amazônia" e do desenvolvimento sustentável da região. "O Ministério da Economia tem como prioridade, para além das reformas estruturais que vão viabilizar um ambiente de negócios mais favorável para os empreendedores, estabelecer as bases para a agenda de crescimento verde. Sabemos que o futuro é verde", afirmou Guedes.

O ministro disse ainda que é preciso olhar para a Amazônia como um patrimônio que deve ser preservado, mas também como uma oportunidade real de investimentos. E sugeriu que a captação de parceiros privados pode ajudar o governo brasileiro a conservar a floresta, combatendo o desmatamento e a exploração ilegal dos recursos naturais da Amazônia. "Como forma de atrair investimentos privados para a conservação e o uso sustentável da floresta, incluímos na carteira do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) seis projetos de concessão florestal localizados na Amazônia, além da concessão de dois parques localizados na região", lembrou Guedes.

Presidente do BID, Mauricio Claver-Carone reforçou que a ideia de que o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental não caminham juntos, que isso é uma "dicotomia equivocada". Por isso, defendeu a construção de um projeto de "desenvolvimento sustentável, com oportunidade para todos" na Amazônia.

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