GOVERNO

Braga Netto fala em união e pede respeito ao resultado das urnas

Ministro da Defesa defendeu o presidente Jair Bolsonaro ao afirmar que o projeto político escolhido pela maior parte da população deve ser respeitado. Também criticou iniciativas que "coloquem em risco a liberdade conquistada pela nação"

Israel Medeiros
postado em 20/04/2021 14:10 / atualizado em 20/04/2021 14:12

Ministro da Defesa, o general Walter Souza Braga Netto criticou ações que coloquem em risco a democracia brasileira nesta terça-feira (20/4). Em uma cerimônia de transmissão do cargo de comandante do Exército, em Brasília, Braga Netto afirmou que, no atual momento de crise, os três Poderes devem ser fortalecidos por meio da união.

Ele também disparou contra quem vê na crise uma oportunidade para atentar contra a liberdade, e disse que o resultado das urnas em 2018, que colocou Bolsonaro na Presidência, deve ser respeitado.

"Enganam-se aqueles que acreditam estarmos sobre um terreno fértil para iniciativas que possam colocar em risco a liberdade conquistada por nossa nação. É preciso respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros para conduzir os destinos do país. A sociedade, atenta a essas ações, tem a certeza de que as suas Forças Armadas estão preparadas e prontas a servir aos interesses nacionais", disse.

Braga Netto também disse que o momento requer um esforço de maior união nacional para promover a vacinação e combater a pandemia do novo coronavírus. Ele citou as ações do Exército na crise sanitária e exaltou o apoio à vacinação de povos indígenas e a atuação na logística de estados e municípios.

"Neste período de intensa comoção e incertezas, que colocam a prova a maturidade, a independência e a harmonia das instituições democráticas brasileiras, o Exercito, a Marinha e a Forca Aérea, mantêm o foco em suas missões constitucionais, permanecendo sempre atentas à conjuntura nacional", acrescentou.

Crise militar

O general Braga Netto foi anunciado como novo ministro da Defesa após polêmicas envolvendo seu antecessor, Fernando Azevedo e Silva, demitido por Bolsonaro no fim de março. A mudança marcou o início de uma reforma ministerial que resultou também na troca do comando das Forças Armadas, às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964.

O episódio ficou marcado como a maior crise militar das últimas décadas no país e ocorreu porque o presidente queria comandantes que fossem mais alinhados aos seus posicionamentos políticos, especialmente no que diz respeito à pandemia.

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