Reforma tributária

Lira diz que reforma tributária deve ser discutida "em partes"

Presidente da Câmara revelou que deve se encontrar nesta segunda-feira (26/4) com Paulo Guedes para falar sobre o tema. Compromisso não consta na agenda do ministro da Economia

Israel Medeiros
postado em 26/04/2021 13:35 / atualizado em 26/04/2021 13:39
 (crédito: Reprodução/Youtube)
(crédito: Reprodução/Youtube)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou, nesta segunda-feira (26/4) que as tratativas pela reforma tributária serão coordenadas pessoalmente por ele, e que a matéria será debatida "em partes". Em entrevista à Jovem Pan pela manhã, o político disse que deve se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde de hoje.

"Iremos até o dia de 3 de maio publicizar o texto que foi debatido ao longo de um ano e alguns meses na comissão mista. [...] Tenho agora à tarde reunião com o ministro Paulo Guedes", disse ele, ao detalhar que o encontro deve ser para falar sobre "a situação que o governo construiu a quatro mãos com o relator do texto na Câmara".

Isso, segundo ele, é necessário "para entendermos o que o governo prioriza e quais são os pontos convergentes, quais são os pontos mais fáceis, para que nós comecemos a votar e discutir a reforma tributária por partes", detalhou. O encontro do presidente da Câmara não consta na agenda oficial de Guedes e não foi confirmado pela assessoria do ministro.

Em suas redes sociais, Lira ressaltou que a agenda de reformas atrasou por causa da pandemia, mas disse que a reforma administrativa, por exemplo, já começa a ser discutida — referindo-se à reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que delibera, na tarde desta sexta-feira, sobre a admissibilidade do tema.

Lira, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem o desafio de tentar aprovar reformas — promessas de campanha de Bolsonaro que passam, necessariamente, pelo ministro Paulo Guedes — em meio à segunda onda da pandemia no Brasil e à resistência dos partidos de oposição.

No Twitter, parlamentares já convocam mobilizações contra a agenda de reformas:


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