CPI da Covid

CPI da Covid pode votar convocação de mais ministros na próxima semana

Entre os alvos de requerimentos dos senadores estão os ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil)

Jorge Vasconcellos
postado em 30/04/2021 15:25
 (crédito: Jefferson Rudy)
(crédito: Jefferson Rudy)

A CPI da Covid do Senado deve votar, a partir da próxima semana, a convocação de cinco ministros do governo federal, quatro governadores, quatro prefeitos, 13 secretários estaduais e municipais de Saúde e um membro do Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 209 requerimentos que ainda aguardam deliberação do colegiado, 134 são pedidos de convocação. Outros 73 são de convite, e apenas dois de informações.

Os requerimentos dos senadores da comissão pedem a convocação dos ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa e ex-Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e ex-Secretaria de Governo), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). O ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU), é alvo de um pedido de convite. Há ainda requerimentos para a convocação do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

A CPI deve votar também a convocação dos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB); do Amazonas, Wilson Lima (PSC); da Bahia, Rui Costa (PT); e do Pará, Hélder Barbalho (MDB). Governador do Piauí, Wellington Dias (PT) é e alvo de um convite, como representante do Fórum de Governadores.

O prefeito de Manaus (AM), David Almeida, tem o depoimento solicitado em três requerimentos. Além dele, há pedidos para a convocação dos gestores de Chapecó (SC), Ilha Bela (RJ) e São Lourenço (MG). Outro requerimento pede a convocação do ex-prefeito de Fortaleza (CE) Roberto Cláudio (PDT).

A CPI da Covid pode votar ainda a convocação dos secretários estaduais de Saúde de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Além deles, podem ser chamados a depor as gestoras municipais de Saúde de Manaus e de Porto Seguro (BA). Há ainda requerimentos para a convocação de ex-secretários do Amazonas, do Distrito Federal e de Fortaleza.

“Gabinete do ódio”

De todos os requerimentos que aguardam apreciação, apenas quatro têm data confirmada de votação. Eles se referem à convocação de Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República. Em entrevista à revista Veja, ele disse que houve “incompetência” e “ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de vacinas. Os quatro pedidos devem ser votados na próxima terça-feira (4).

Os senadores podem apreciar ainda a convocação do chamado “gabinete do ódio”, um grupo de servidores que atua nas redes sociais da Presidência da República e é suspeito de promover uma campanha de desinformação durante a pandemia. Podem ser chamados a depor os assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Gomes e Mateus Matos Diniz, além do secretário de Comunicação da Presidência, Flávio Rocha.

Os parlamentares apresentaram ainda requerimentos para a convocação do ex-comandante do Exército, general Edson Pujol. Durante a gestão dele, o Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19.

Quem também aparece entre os requerimentos de convocação é o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março do ano passado, ele decidiu que governadores e prefeitos podem adotar medidas para o enfrentamento do coronavírus — assim como o presidente da República.

Os senadores sugerem ainda a convocação do diretor-geral da Polícia Federal Paulo Maiurino. Também podem ser chamados a depor o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier, e o ex-secretário do Tesouro Nacional e atual secretário especial de Fazenda, Bruno Funchal.

*Com informações da Agência Senado

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