CPI DA COVID

Queiroga: Faltou "fortalecimento do SUS" para evitar mortes pela covid-19

Atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga presta depoimentos à CPI da Covid e afirma que faltou fortalecimento do Sistema Único de Saúde para atender os pacientes mais graves

Maria Eduarda Cardim
postado em 06/05/2021 11:58 / atualizado em 06/05/2021 12:03
 (crédito: Reprodução/TV Senado)
(crédito: Reprodução/TV Senado)

O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) foi o que faltou para que o Brasil pudesse evitar mortes pela covid-19. A afirmação do quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro foi feita nesta quinta-feira (6/5) durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.

Ao ser questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB/AL), o que faltou ao Brasil para evitar o trágico número de mortes que o país soma hoje, o ministro disse primeiro que não teria uma resposta exata para a questão devido a capacidade de mutação do vírus, mas, quando foi pressionado pelo senador, apontou a falta do fortalecimento do SUS para atender os pacientes mais graves da covid-19.

“Os senhores sabem as condições que o sistema de saúde do Brasil estava antes dessa pandemia. UTIs lotadas, dificuldades nos prontos-atendimento, problemas. Isso é o que faltou, um dos pontos que faltaram, sobretudo para atender os pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG)”, disse.

Para completar, o ministro da Saúde afirmou que o colapso do sistema de saúde brasileiro visto nos últimos meses diante do agravamento da pandemia no Brasil ocorreu em razão da "imprevisibilidade biológica" do vírus e da capacidade de mutação do Sars-CoV-2. "O colapso decorre de uma imprevisibilidade biológica. Temos um vírus que tem uma contagiosidade maior do que aquele vírus da primeira onda, um vírus possivelmente mais letal, e houve uma pressão excessiva sobre o sistema de saúde", ponderou. 

OMS

A responsabilidade dada ao surgimento de novas variantes do vírus, no entanto, já foi contestada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em janeiro, diante do colapso do sistema de saúde de Manaus (AM), o diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Michael Ryan, indicou que não seria correto afirmar que a situação alarmante vista no estado foi provocada somente pela nova variante de coronavírus, originada no Amazonas.

"Novas variantes podem ter um impacto, mas é muito fácil só colocar a culpa na variante e dizer que foi o vírus que fez isso”, afirmou durante coletiva de imprensa. 

 

 

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