PANDEMIA

Embarque de matéria-prima para vacina do Butantan aguarda confirmação da China

Secretário-executivo do Ministério da Saúde afirmou que existe possibilidade de envio no próximo dia 25, mas que a data ainda está pendente de confirmação do governo chinês

Sarah Teófilo
postado em 17/05/2021 14:55 / atualizado em 17/05/2021 14:56
 (crédito: Nelson Almeida/AFP)
(crédito: Nelson Almeida/AFP)

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse nesta segunda-feira (17/5) que ainda não há confirmação sobre a data de recebimento, pelo Instituto Butantan, do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para produção da vacina Coronavac, contra a covid-19. A produção do instituto está suspensa por falta do insumo. A informação foi levada por Cruz à Comissão Temporária Covid-19, do Senado Federal, durante audiência pública para debater entraves à aquisição de vacinas.

“Ainda há pouco conversei com o pessoal do Butantan. Hoje, teremos uma confirmação, mas existe a possibilidade de remessa do IFA ao Butantan ainda no mês de maio. Agora há pouco, saiu no noticiário dia 20 (de maio), mas há uma expectativa, uma sinalização, de que isso chegue aqui por volta do dia 25 (de maio), mas ainda pendente de confirmação por parte da China”, disse.

Na última sexta-feira, o Butantan entregou ao Ministério da Saúde o último lote da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac envasada no Brasil pelo instituto paulista, produzida com IFA que chegou ao país em 19 de abril.

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), por sua vez, disse que um novo lote de IFA está pronto para ser embarcado para o Brasil, aguardando apenas autorização do governo da China. "Não temos mais insumos para a produção da vacina CoronaVac porque o governo da China ainda não liberou o embarque de 10 mil litros de IFA que estão prontos", informou o governador. O tucano afirmou que a quantidade é suficiente para produzir 18 milhões de doses da vacina.

O governador atribui as dificuldades a declarações classificadas por ele como “desastrosas” do governo brasileiro. "É muito ruim quando temos um país cujo presidente agride um outro país no momento em que mais precisamos de vacinas", disse. No começo do mês, o presidente Jair Bolsonaro insinuou que a China criou o coronavírus como parte de uma guerra química. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nega que o problema seja diplomático.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação