Bolsonaro

PCdoB no Maranhão pedirá investigação contra Bolsonaro

Presidente do diretório estadual do PCdoB no Maranhão pretende acionar a Procuradoria Regional Eleitoral por uso de dinheiro público para promover a candidatura bolsonarista à reeleição

Jorge Vasconcellos
postado em 21/05/2021 16:07 / atualizado em 21/05/2021 17:50
 (crédito: Câmara dos Deputados/Divulgação)
(crédito: Câmara dos Deputados/Divulgação)
Presidente do PCdoB Maranhão, o deputado federal licenciado Márcio Jerry, anunciou, nesta sexta-feira (21/5), que acionará a Procuradoria Regional Eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro. Segundo Jerry, o mandatário usou dinheiro público para promover sua candidatura à reeleição em 2022 e atacar adversários durante visita ao estado.

“Bolsonaro fez hoje, em Açailândia (MA), nova propaganda eleitoral negativa antecipada", disse o presidente do PCdo B do Maranhão, que, atualmente, é secretário das Cidades e do Desenvolvimento Urbano do estado. Ele se refere ao evento em que Bolsonaro dirigiu ataques ao governador maranhense, Flávio Dino (PCdoB), um crítico ferrenho do governo federal.

Na ocasião, o presidente da República afirmou que o comunismo "não deu certo em lugar nenhum do mundo" e que a população do estado "será libertada dessa praga".

"Dizer a todos do Maranhão que perderam seus empregos, não foi obra do governo federal. Quem fechou o comércio, obrigou vocês a ficarem em casa e destruiu milhares de empregos foi o governador do seu estado", disse Bolsonaro.

Ele também comparou a gestão do atual governo maranhense com a de ditadores "conhecidos no mundo". Nessa fala, fez referências ao biotipo do governador Flávio Dino. "Lá na Coreia do Sul (sic) é uma ditadura e o ditador não é um gordinho? Na Venezuela, também é uma ditadura, e não é o gordinho o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui do Maranhão?", disse o presidente da República.

Após confundir o nome da Coreia do Norte, governada pelo ditador Kim Jong-un, Bolsonaro foi alertado pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que estava presente no local, mas não corrigiu sua fala.

Márcio Jerry afirmou que, além de fazer campanha eleitoral antecipada, Bolsonaro, em vários eventos públicos de que tem participado, "promoveu tumulto e aglomeração, desfilando sem máscara entre correligionários, a despeito dos quase 450 mil mortos pela covid-19".

Outros ataques

Em seu segundo dia de agenda no Maranhão, o presidente fez a entrega simbólica de títulos de terra em Açailândia e aproveitou para fazer discurso político-partidário. Além de Flávio Dino, ele dirigiu ataques também ao relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em várias outras viagens oficiais do presidente, custeadas com dinheiro público, ele também aproveitou para aracar adversários.

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