O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira (29/6) que a notícia-crime apresentada por senadores contra o presidente Jair Bolsonaro pelo crime de prevaricação não "tem justa causa". Ele alega que em 22 de março, após conversar com o deputado Luis Miranda (DEM-DF), o chefe do Executivo determinou investigação sobre as denúncias relacionadas a vacinas contra o novo coronavírus.
Miranda afirma que existe um esquema de fraude na compra de imunizantes montado dentro do Ministério da Saúde. Ele diz ter informado o presidente sobre os atos de corrupção, mas relata que Bolsonaro não levou o caso à frente e nada fez para que o fato fosse investigado.
O deputado diz nunca ter sido ouvido por nenhuma autoridade, e disse que após denunciar o caso a Bolsonaro não foi mais recebido pelo presidente. O senador alega ainda que a denúncia foi levada até o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco. “O agente público era o secretário-executivo. Foi verificado, depois, que não havia qualquer tipo de irregularidade contratual”, disse o parlamentar.
“A notícia-crime ora em análise não tem justa causa idônea para o seu seguimento”, afirmou Bezerra. Em resposta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, afirmou que o envio da notícia-crime foi uma iniciativa dele e de outros senadores, não da comissão.
Fontes na Polícia Federal atestam que nenhuma diligência sobre o caso foi aberta pela corporação.
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