ELEIÇÕES

"Mentiras e miudezas", diz Barroso sobre ataques de Bolsonaro

Presidente alegou, sem provas, que Aécio Neves venceu as eleições de 2014 e acusou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral de tentar impedir implantação do voto impresso

Renato Souza
postado em 07/07/2021 19:50
 (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
(crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, chamou de "mentiras e miudezas" as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre fraudes nas eleições. Nesta quarta-feira (07) Bolsonaro alegou, sem apresentar provas, que Aécio Neves venceu as eleições de 2014, e não a ex-presidente Dilma Rousseff.

Barroso está no exterior, e ao ser procurado pela Secretaria de Comunicação do TSE para tratar do assunto, pediu para "não ser incomodado com mentiras e miudezas". O chefe do Executivo chegou a dizer que o presidente da corte eleitoral se articula contra a Proposta de Emenda à Constituição que trata do voto impresso.

“Eu vou mostrar para vocês como é que foram as eleições do 2º turno de 2014. Vocês vão ter uma surpresa no tocante a isso. O nosso levantamento aqui, feito por gente que entende do assunto e esteve presente lá dentro, acompanhou toda a votação, eles garantem que sim (Aécio foi eleito). E o que eu vi, eu não sou técnico de informática, mas o que eu vi é que está comprovado, no meu entender, a fraude em 2014. O Aécio foi eleito em 2014", disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Guaíba.

“A democracia se vê ameaçada por parte de alguns de toga que perderam a noção de onde vão seus deveres e direitos. Quando você vê o ministro Barroso ir ao parlamento negociar com as lideranças partidárias para que o voto impresso não fosse votado na comissão especial, o que ele quer com isso? Fraude nas eleições", completou o presidente.

Mais cedo, em nota assinada pelo ministro Luiz Fux, o Supremo Tribunal Federal (STF) também se manifestou sobre o caso. Fux disse que "rejeita posicionamentos que extrapolam a crítica construtiva e questionam indevidamente a idoneidade das juízas e dos juízes da Corte".

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