MILITARES

Deputado Túlio Gadêlha pede comparecimento de Braga Netto à Câmara

Para o deputado, posicionamento do ministro da Defesa e dos comandantes das Forças Armadas contra o senador Omar Aziz (PSD-AM) "ultrapassou a mera defesa das instituições militares e se constituiu em uma nítida ameaça aos trabalhos desenvolvidos pela CPI" da Covid-19

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) apresentou requerimento, nesta quinta-feira (8/7), ao plenário da Câmara dos Deputados, solicitando o comparecimento do ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, e dos comandantes das Forças Armadas, à Casa. De acordo com o parlamentar, o objetivo é obter esclarecimento acerca da nota oficial assinada por ele e pelos comandantes da Marinha, Almir Garnier Santos; do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, nesta quarta-feira (7/7). Para Túlio Gadêlha, a nota tem “nítido teor intimidatório”.

Na nota emitida pelo Ministério da Defesa, o presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM) foi chamado de "leviano" e "irresponsável”. “O documento se caracteriza como uma nítida ameaça aos trabalhos desenvolvidos pela CPI, à instituição do Senado Federal e consequentemente ao próprio Estado democrático de direito. Vejo como uma tentativa de intimidação e uma ameaça à democracia. As Forças Armadas não podem ser politizadas. Elas têm que estar do lado do Brasil, dos brasileiros”, afirmou o deputado.

A nota foi divulgada horas após o senador Omar Aziz dar voz de prisão ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. Durante o depoimento, Aziz afirmou que fazia "muitos anos" que o Brasil não via "membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo", visto que Roberto Dias foi sargento da Aeronáutica.

“A afirmação de que “As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”, somada ao contexto político de denúncias e revelações que vêm sendo reveladas pelos trabalhos da CPI no Senado Federal, demonstram de forma explícita o caráter intimidatório pretendido pelos signatários.”, pontua o deputado, no requerimento.

*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

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