CENTRÃO

Mourão: eleitores podem ficar confusos com aliança de Bolsonaro e Centrão

Segundo o vice-presidente, a parcela dos eleitores que votaram em Bolsonaro por questões programáticas pode estranhar o estreitamento das relações com o bloco. "Isso vai depender, obviamente, das ações daqui para lá", ressaltou o general

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta sexta-feira (23/7), que os eleitores do presidente Jair Bolsonaro podem se sentir "confusos" com a aliança cada vez mais profunda entre o mandatário e os blocos de centro. O general também comentou a declaração de ontem do mandatário que afirmou: "Eu sou do Centrão".

Bolsonaro já afirmou que planeja colocar no comando da Casa Civil o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos expoentes do Centrão. O general Mourão completou que os eleitores podem achar a situação confusa, mas que tudo dependerá das ações futuras realizadas pelo governo.

"O eleitor que é o eleitor do presidente Bolsonaro, vamos dizer assim, que é uma parcela de 25%, 30% da população, ele olha a pessoa, independentemente do partido em que ele está. Agora, a outra parte dos eleitores que também votaram no presidente e, aí foi uma questão mais programática e, vamos dizer assim, de visão de futuro para o país, esses podem até se sentir um pouco confundidos. Isso vai depender obviamente, então, das ações daqui para lá", ressaltou.

Nome pejorativo

Ontem, Bolsonaro afirmou que a nomenclatura "Centrão" é pejorativa, e admitiu fazer parte do bloco. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, já ironizou o Centrão, grupo aliado do governo que hoje compõe boa parte de sua base. Em um vídeo da convenção nacional do PSL, em 22 de julho de 2018, no Rio de Janeiro, o ministro parodiou um samba que ficou eternizado pelo cantor Bezerra da Silva: "Se gritar pega centrão, não fica um meu irmão", cantou, substituindo a palavra "ladrão", da letra original, pelo nome dado ao grupo de partidos.

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