DIPLOMACIA

Bolsonaro recebe presidente de Cabo Verde no Palácio do Planalto

Visita de cortesia marcou os 46 anos das relações bilaterais do Brasil com o país africano

O presidente Jair Bolsonaro recebeu no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira (30/7), o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca. Neste mês, as relações comercial e governamental entre os dois países completaram 46 anos.

O governo brasileiro considera o país africano como sendo um dos maiores parceiros em projetos de cooperação técnica, em especial no âmbito educacional. Um dos principais programas entre as duas nações é o de incentivo para que pessoas nascidas em Cabo Verde venham para o Brasil estudar cursos de graduação e pós-graduação. Segundo o Executivo, pelo menos 2 mil cabo-verdianos estudam em solo brasileiro.

Ao lado da China e de países da Europa, como Portugal, Espanha e Holanda, o Brasil é um dos parceiros comerciais mais importantes de Cabo Verde. No ano passado, de acordo com o governo brasileiro, o país exportou US$ 25 milhões à nação africana e importou US$ 21 mil. Entre janeiro e junho deste ano, o volume de exportações alcançou a marca dos US$ 11 milhões.

“Foi uma visita de cortesia, mas também de troca de informações, de entendimentos, visando o bem-estar dos nossos povos. Há 46 anos temos relações com Cabo Verde, um país que, estrategicamente, é a porta de entrada para a África Ocidental. Dentre os acordos, temos o naval, temos o cultural, onde mais de 2 mil cabo-verdianos estudam em nosso país, e estamos ultimando um acordo de mobilidade, que facilitará o trânsito dos nossos povos nesses países irmãos”, disse Bolsonaro, após a reunião.

Jorge Carlos convidou o presidente brasileiro a conhecer Cabo Verde e destacou que essa relação comercial pode permitir que o Brasil amplie as pontes com outros países africanos. O presidente cabo-verdiano destacou que a nação integra a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) e que pode auxiliar o Brasil a fechar acordos com os outros 14 países que compõem o bloco.

“A Cedeao constitui um mercado muito importante. Portanto, os empresários brasileiros, as zonas de negócios brasileiros podem não só ascender ao pequeno mercado, mas ao enorme mercado de que Cabo Verde faz parte, onde há países como Nigéria, Senegal, Costa do Marfim, que, no conjunto, são centenas de milhões de consumidores”, afirmou Jorge Carlos.

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