REUNIÃO

"Bolsonaro da África" é recebido no Palácio do Planalto com tiros e cavalaria

Presidente da Guiné-Bissau viajou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e foi recebido por Jair Bolsonaro nesta terça-feira (24/8). Africano enfrenta crise no país por guinada autoritária

Luana Patriolino
postado em 24/08/2021 17:18 / atualizado em 24/08/2021 17:18
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Conhecido com o “Bolsonaro da África”, o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (24/8), no Palácio do Planalto. A cerimônia de recepção contou com um desfile de militares com execução do Hino Nacional, hasteamento da bandeira, salva de 21 tiros e desfile da cavalaria.

Embaló viajou a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele foi primeiro-ministro de seu país e, desde a posse em 2020, é criticado em razão de uma guinada autoritária. A oposição afirma que a democracia está ameaçada, com violações de direitos civis e políticos e ataques aos meios de comunicação.

Após uma reunião fechada, Bolsonaro e Embaló fizeram uma declaração conjunta à imprensa e prometeram aprofundar a colaboração entre os dois países. "A gente torce e, mais do que isso, vamos colaborar para que ele tenha também, com a participação do Brasil, soluções para o seu país", afirmou Bolsonaro.

A Guiné-Bissau é uma das nações mais pobres do planeta, ex-colônia de Portugal e um dos nove integrantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Temos passado por crises cíclicas na Guiné, e o Brasil nunca virou as costas para o povo irmão da Guiné-Bissau. E isso é uma grande satisfação para mim e para o povo da Guiné-Bissau. O Brasil tem tudo o que a Guiné-Bissau mais precisa neste momento, por exemplo, para modernizar a agricultura, área de saúde”, disse Umaro Sissoco Embaló.

Também estavam presentes os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura), Milton Ribeiro (Educação), Walter Braga Netto (Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Anderson Torres (Justiça), Marcelo Queiroga (Saúde) e Carlos França (Itamaraty). Embaló estava de máscara, enquanto Jair Bolsonaro e outras autoridades apareceram sem proteção facial.



O presidente brasileiro também disse que pretende visitar a Guiné-Bissau assim que possível. Segundo o Itamaraty, a visita de Estado é considerado o evento "mais solene e formal" na relação entre dois países. Os líderes também podem realizar visitas oficias, de trabalho ou privadas.

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