Centrão

Valdemar Costa Neto critica leilão de aeroportos, proposto pelo governo

Presidente do PL, partido que é um dos pilares de sustentação do Centrão, faz segunda crítica ao governo em uma semana. Em vídeo anterior, Costa Neto criticou insistência de Bolsonaro por voto impresso

Raphael Felice
postado em 22/09/2021 18:07 / atualizado em 22/09/2021 18:08
 (crédito: Reprodução | PL)
(crédito: Reprodução | PL)

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, criticou em vídeo publicado na terça-feira (21/9), as privatizações de aeroportos propostas pelo Planalto. Para o presidente do Partido Liberal, que é um dos pilares do Centrão — e portanto, do governo federal — o chamado “liberalismo social do partido não combina com privatizações como a dos aeroportos do Santos Dumont (Rio de Janeiro) e o de Congonhas (São Paulo)”.

Em vídeo anterior, Costa Neto havia criticado também a insistência de Jair Bolsonaro com relação ao voto impresso. O presidente do PL deu três motivos para o partido ter tido a segunda maior votação contrária à proposta: custo da implantação da medida, os custos que as urnas deram ao país e por confiar na segurança das urnas. “Todas as eleições são sorteadas urnas e os partidos são convidados junto à Polícia Federal para checar as urnas. Isso não se trata de se contra ou a favor ao Bolsonaro, se trata de defender os interesses do país”, afirmou.

Apesar de possuir membros importantes apoiadores e membros importantes do governo, como o senador Jorginho Mello (SC) e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (DF), as recentes falas do presidente dão a entender que o partido pode estar deixando de fazer parte da parcela do Centrão que apoia Bolsonaro. Um dos exemplos é o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM). Oposição ao presidente, após os atos de Sete de Setembro, em que o presidente atacou a democracia, Ramos afirmou que a abertura de um processo de impeachment era “inevitável”.

Condenado pelo escândalo do mensalão, Costa Neto foi um dos nomes mais cortejados para aliança durante as eleições de 2018 e manteve negociações com Jair Bolsonaro à ocasião. O Centrão vem sendo um dos principais parceiros do governo, especialmente na Câmara, mas aos poucos, alguns membros do PL vão descendo do ônibus bolsonarista.

 

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