INVESTIGAÇÃO

Alexandre de Moraes adia por 90 dias inquérito que investiga milícias digitais

Polícia Federal apura indícios que apontam para a existência de uma organização criminosa antidemocrática. Nesta segunda-feira (11/10), Moraes também prorrogou investigação sobre interferência na PF por parte de Bolsonaro

Luana Patriolino
postado em 11/10/2021 19:39
 (crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
(crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O inquérito que investiga supostas milícias digitais antidemocráticas foi prorrogado por mais 90 dias. A decisão foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, publicada nesta segunda-feira (11/10). O novo prazo passa a contar a partir do encerramento da data limite anterior, que era o dia 6 de outubro.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (6 de outubro), o presente inquérito”, diz o despacho.

Nesta segunda-feira, Moraes também prorrogou pelo mesmo período um outro inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir politicamente na Polícia Federal.

‘Milícias digitais’

A Polícia Federal apura indícios que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado democrático de direito. De acordo com a investigação, a organização se articularia em núcleos de produção, publicação e financiamento. Outra hipótese levantada é de que esse grupo tenha sido abastecido com verba pública.

Uma das ações pendentes é o depoimento do escritor Olavo de Carvalho. A PF quer descobrir se há ligação entre o escritor e a suposta milícia digital. Os investigadores já ouviram blogueiros e youtubers que apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro.

 

 

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