CPI da Covid

Aziz repudia fala de Bolsonaro: "Presidência não é um cargo de boteco"

Presidente da CPI afirmou nesta terça-feira (26/10) que Presidência da República "não é cargo de boteco" onde se fala o que quer "tomando cerveja e comendo churrasquinho"

Raphael Felice
postado em 26/10/2021 11:32 / atualizado em 26/10/2021 11:33
Presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), ao lado do relator Renan Calheiros (MDB-AL) -  (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), ao lado do relator Renan Calheiros (MDB-AL) - (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), repudiou nesta terça-feira (26/10) o comentário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que relacionou vacina contra o coronavírus e Aids. Aziz afirmou que a Presidência da República não é um “cargo de boteco” e que o Congresso deveria se posicionar contra as declarações do chefe do Executivo.

“Eu só acha, senador Eduardo Braga (MDB-AM), senador Jorginho (PL-SC), que nós estamos votando neste colegiado, mas quem tinha que tomar essa providência também era o Congresso Nacional. É muito grave o que colocou o presidente e acho que o Congresso precisa tomar providências”, destacou.

Segundo ele, “o presidente é um instituição, a Presidência é uma instituição. A Presidência não é um cargo de boteco, onde você fala o que quer, tomando cerveja e comendo churrasquinho. O presidente da República, que se reporta ao povo brasileiro, baseado em um estudo que não tem cabimento nenhum, fala uma coisa dessas no momento em que nós estamos implorando para a população se vacinar?”.

O senador Eduardo Braga (MDB/AM) respondeu ao presidente da CPI que a comissão pode entrar com pedido junto à presidência do Congresso Nacional para um posicionamento contrário à declaração de Jair Bolsonaro.

A fala de Aziz foi motivada pelo voto contrário do senador bolsonarista, Jorginho Mello (PL/SC), que votou contra um requerimento senador Alessandro Vieira para levar a declaração inverídica do presidente Jair Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o juiz fique ciente da conduta “potencialmente criminosa do Sr. presidente da República”. Mores é relator do inquérito das fake news no tribunal. Jorginho, no entanto, fez o único voto contrário ao requerimento, que foi aprovado pela comissão.

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