Eleições

Flávio Bolsonaro ataca Moro e Lula: "Política pode até perdoar traição, mas não perdoa traidor"

O senador também acusou Moro de não ter investigado devidamente a facada recebida pelo pai em 2018

Ingrid Soares
postado em 30/11/2021 12:07
 (crédito: Marcelo Ferreira/ CB )
(crédito: Marcelo Ferreira/ CB )

O senador Flávio Bolsonaro aproveitou o evento de filiação ao PL ocorrido nesta terça-feira (30/11) para atacar os possíveis pré-candidatos à presidência nas eleições de 2022: o ex-juiz Sergio Moro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Obrigado por não terem traído o presidente Bolsonaro. Tem um ditado na política que fala o seguinte: a política pode até perdoar traição, mas não perdoa o traidor. E traidor é aquele que humilha uma mulher, que expõe publicamente uma pessoa pensando no poder porque convidou para ser seu padrinho de casamento . E aí a decepção vem na proporção inversa da admiração que as pessoas possuíam por ele”, disse em referência ao ex-juiz ter sido padrinho de casamento da deputada Carla Zambelli. Na data, Moro revelou uma mensagem de celular trocada com a parlamentar, onde Zambelli tentava convencer o ainda ministro a aceitar a troca de comando na Polícia Federal e, mais tarde, ir para o Supremo Tribunal Federal (STF). Moro então respondeu a ela que não estava à venda.

Flavio acusou ainda Moro de interferência na Polícia Federal. No último dia 4, Bolsonaro prestou depoimento sobre o inquérito que apura a suposta interferência na corporação para blindar familiares e aliados de investigações. A denúncia foi feita por Moro ao pedir demissão do governo.

“Traidor é aquele que por ação ou omissão, interfere na polícia federal, num governo conservador. Havia uma orientação superior para que dificultasse, por exemplo, a aquisição de armas de fogo para as pessoas exercerem o direito à legítima defesa. O presidente que foi eleito por essa bandeira. Traidor é aquele que tenta colocar no governo pessoas que defendem o aborto, que não respeita as bandeiras, o eleitor”, acrescentou

O senador também acusou Moro de não ter investigado devidamente a facada recebida pelo pai em 2018.“O mais grave: traidor é aquele que não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar o presidente Bolsonaro. E esse humilhado que está sendo capacitado e erguido por Deus está aqui hoje na nossa frente: Jair Messias Bolsonaro”.

O parlamentar também alfinetou Lula chamando-o de ex-presidiário e criticou pesquisas eleitorais que apontam o petista à frente de Bolsonaro. “A pessoa que venceu o PT após 4 derrotas consecutivas do PSDB em eleições presidenciais. É a pessoa que, segundo institutos de pesquisa, perdia para todos no segundo turno, mas vendeu no PSL com 7 segundos de televisão, sem dinheiro e ajudou a fazer uma bancada de 52 deputados federais e 4 senadores. E ainda querem nos fazer crer que um ex-presidiário preso por roubar o povo brasileiro está na frente de Bolsonaro nas pesquisas, mesmo com o excepcional trabalho que o governo vem fazendo nesses três primeiros anos. Tem um ditado que fala: A farsa está aí, cai quem quer”, concluiu.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação