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Bolsonaro se filia hoje e leva ao PL seguidores fiéis: filho senador e 2 ministros

A ida do presidente para o PL ocorre após intensas negociações

Depois de dois anos sem um partido, o presidente Jair Bolsonaro assina, hoje, a filiação ao Partido Liberal (PL). O evento será no Complexo Brasil 21, em Brasília — onde é feriado pelo Dia do Evangélico. Além dele, também entrarão na legenda o filho 01, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.

Com a chegada de Bolsonaro e alguns dos seus apoiadores mais próximos, a tendência é de que haja uma debandada na legenda, principalmente no Nordeste — onde tem acordos com partidos de oposição ao presidente — e em São Paulo, onde a sigla negociava apoio à candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB) ao governo do estado — lançado pelo governador paulista e candidato tucano ao Planalto, João Doria, desafeto de Bolsonaro.

Segundo o deputado Capitão Augusto (SP), vice-líder do PL na Câmara, o partido espera formar, depois das eleições de 2022, uma bancada de, no mínimo, 60 deputados. Cerca de 30 parlamentares que atualmente estão no PSL devem seguir Bolsonaro na janela partidária do próximo ano.

A ida do presidente para o PL ocorre após intensas negociações. A cerimônia que formalizaria a filiação estava marcada para 22 de outubro, mas foi cancelada por conta da discordância entre Bolsonaro e o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, por causa de alianças estaduais a partidos de esquerda e à questão paulista — estado no qual o chefe do Executivo quer lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para a corrida ao Palácio dos Bandeirantes.

O líder do PL na Câmara, deputado Wellington Roberto (PB), crê que a chegada de Bolsonaro fortalece a legenda. "Tenho certeza de que, com o presidente no PL, isso vai melhorar muito em termos de Nordeste e, pontualmente, em alguns estados como Bahia, Ceará, São Paulo", defendeu.

Política eleitoral à parte, Bolsonaro dirigiu, ontem, um ônibus elétrico, desenvolvido por uma fabricante de coletivos. O Correio questionou a Secretaria de Comunicação da Presidência se ele tinha habilitação para a categoria D — que capacita para a condução de alguns veículos pesados e de transporte. Mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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