O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira (15/12) que o Congresso deve votar o Orçamento 2022 na semana que vem, após a análise dos vetos presidenciais, agendada para a próxima sexta-feira (17).
O deputado fez o anúncio após se reunir com líderes partidários. Segundo ele, a votação do Senado para escolha de ministro do TCU acabou atrasando a apreciação de vetos, que precisa ser realizada antes da votação do orçamento.
"Na sexta-feira, tem os vetos pela manhã, a votação do orçamento na Comissão (Mista de Orçamento), num cronograma com o Senado, à tarde e à noite, e a possível votação do orçamento na segunda ou terça-feira", disse o presidente da Câmara, durante coletiva de imprensa. "Nós precisamos dos vetos para completar o relatório do orçamento, pelo relator-geral e pelos relatores setoriais", frisou.
Entre os 29 vetos que precisam ser analisados está o que barrou o aumento do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Os recursos, que são públicos, vão bancar as eleições de 2022.
Embora apoie o Planalto, o Centrão, do qual Lira é um dos líderes, pressiona pela derrubada do veto ao aumento do fundo eleitoral. O bloco decidiu paralisar as votações enquanto não houver um acordo nesse sentido e se negou a liberar recursos adicionais para o governo em 2021.
Na última segunda-feira (13), o Centrão obstruiu a sessão do Congresso e fez a reunião ser cancelada. Com isso, deputados e senadores deixaram de votar um projeto que abre crédito adicional de R$ 300 milhões no Orçamento 2021 para conceder um auxílio gás a famílias carentes a partir deste ano. Além desse projeto, os partidos barraram a votação de outras propostas que liberam gastos no final do ano para o Executivo.
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