O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que haverá sessão do Congresso nesta sexta-feira (17/12) para apreciação de vetos presidenciais e do Orçamento de 2022.
Segundo Pacheco, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), está fazendo reuniões com líderes partidários durante todo o dia, nesta quinta-feira (16), em busca do “melhor acordo possível” em relação aos 29 vetos presidenciais que aguardam apreciação.
"O líder do governo vai realizar uma reunião com os líderes para avaliar os vetos que possuem acordo para votar, e esse trabalho está acontecendo no dia de hoje para se chegar ao melhor acordo possível. Se não houver acordo, aí vai para o voto, e se decide no voto da maioria", disse Pacheco, durante coletiva de imprensa.
Entre os vetos em pauta está aquele que barrou o aumento dos recursos do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões em 2022, ano de eleições. A derrubada desse veto é defendida pelo Centrão, apesar de o bloco partidário apoiar o governo. Até ontem, não havia sido alcançado um acordo em torno desse tema.
Há também vetos relacionados a projetos que tratam dos seguintes assuntos na área de saúde: quebra de patentes de vacinas e remédios para combate à pandemia de covid-19, Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual e acesso a tratamentos de quimioterapia por usuários de planos de saúde.
Pacheco informou ainda que os parlamentares aguardam a conclusão dos trabalhos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) em relação ao Orçamento de 2022. Ele disse que, "se não for possível finalizar na sexta-feira, podemos utilizar a segunda-feira (20), também ,para finalizar essa pauta do Congresso Nacional".
Fernando Bezerra
Questionado sobre a saída do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) da função de líder do governo do Senado, Pacheco afirmou ser “uma grande perda para o governo”, mas disse acreditar que o Poder Executivo fará uma substituição “compatível” com a atuação desempenhada pelo ex-líder.
"Eu acompanhei ao longo desse ano de 2021, eu como presidente do Senado e ele [Bezerra] como líder do governo. Sempre tive uma relação muito boa, muito próxima, de muito trabalho e de muita reciprocidade também", afirmou. "Ele tem muita qualidade, muito dedicado, cuidava muito bem da pauta, se aprofundava nos projetos, foi um grande defensor e grande líder do governo no Senado Federal. O governo, obviamente, deverá encontrar um nome que possa ser um nome equivalente ao de Fernando Bezerra", acrescentou.
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