ACRE

Chefe de gabinete do governador do Acre é presa em ação da PF

Na primeira fase da operação, a PF cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e uma ordem judicial de prisão

Luana Patriolino
postado em 23/12/2021 06:00
 A chefe de gabinete do governo do Acre, Rosângela Gama, acusada de obstruir a operação que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a membros do governo -  (crédito: PF/Divulgação)
A chefe de gabinete do governo do Acre, Rosângela Gama, acusada de obstruir a operação que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a membros do governo - (crédito: PF/Divulgação)

Suspeita de tentar obstruir investigações de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a membros do Governo do Acre, Rosângela Gama, chefe de gabinete do governador do estado, Gladson Cameli (PP), foi presa ontem, na capital Rio Branco. A ação é consequência da segunda fase da Operação Ptolomeu, da Polícia Federal.

Na primeira etapa da força-tarefa, o próprio governador Cameli foi alvo dos investigadores. A prisão de ontem foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que pediu também a “imediata instauração” de novo inquérito policial para apurar o crime de obstrução de investigação de organização criminosa.
O governo do Acre emitiu nota: “O governador Gladson Cameli, mais uma vez, manifesta respeito, bem como colabora com todos os passos da investigação, de modo que fique esclarecido que o governo sempre agiu dentro da legalidade e do interesse público”.

Na primeira fase da operação, a PF cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e uma ordem judicial de prisão. Os primeiros mandados foram executados em Rio Branco, Cruzeiro do Sul (AC), Brasília e Manaus.
Com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), foram identificadas dezenas de transações financeiras suspeitas em contas-correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo. O órgão também apurou que o governo local empenhou R$ 142 milhões para sete empresas suspeitas de integrar o esquema.

Caso fique provada a intenção de obstruir as investigações, a servidora pode ser condenada a 8 anos de prisão. “Ao tentar sumir com documentos, desaparecer com indícios e prejudicar as investigações, lembrando sempre que deve ser demonstrado dolo do agente, seria possível responsabilizar a pessoa pela pena de 3 a 8 anos”, explica o advogado criminalista Víctor Quintiere.

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