ELEIÇÕES 2022

'Outras alternativas para 2022 ou são ruins ou trágicas', diz Moro

Em almoço com empresários, nesta quarta-feira (8/12), ex-juiz afirmou que seu projeto de governo será baseado não só em técnica, mas também em "princípio e valores". Segundo pré-candidato à Presidência, país não consegue avançar em razão de uma "governabilidade de eficiência questionável"

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) afirmou, em almoço com empresários do setor energético e advogados, nesta quarta-feira (8/12), que ele e seu partido têm um “projeto para liderar” em 2022. No evento, o ex-ministro do governo Bolsonaro afirmou estar se preparando e dialogando para disputar a Presidência da República nas próximas eleições.

“Nós estamos com um projeto em andamento. Eu e o Podemos também estamos conversando com outros partidos, com outros agentes políticos e com a sociedade”, afirmou Moro. Para ele, as “outras alternativas" para 2022 são avaliadas em ruins ou trágicas. “Quero deixar claro que a gente está com esse projeto e que estamos apenas começando. Estamos tratando dessas questões com absoluta humildade. Infelizmente, nós vemos outras alternativas para o próximo ano, que variam nas avaliações para o lado ruim ou trágico. Não quero levar para o lado pessoal, evidentemente”, disse.

Moro ainda afirmou que seu projeto de governo será baseado não só em técnica, mas também em “princípio e valores”. Segundo ele, esse é um dos fatores que não permitem ao país avançar. “O nosso processo vai ser consistente e equilibrado. Nosso projeto não será fundado só em técnica e diálogo com os setores e a sociedade, mas também com o mundo jurídico. Sem abdicar do que é necessário, que são princípios e valores. Isso a gente tem deixado de lado e a gente tem visto que isso não tem funcionado no nosso país. Muitas vezes, a pretexto de uma governabilidade ou de uma eficiência questionável, a gente não consegue avançar e vai chegando nesses termos sem saída”, afirmou o candidato.

Ramo energético

Participaram do almoço empresários, advogados e entidades como a Associação Brasileira de Geração Distribuída. Moro afirmou que o setor de energia precisa de marcos regulatórios. Segundo o ex-juiz da Lava-Jato, fatores como aumento de juros e problemas climáticos não deveriam abalar tanto o ramo.

“Nós sabemos como o ramo energético é extremamente importante para o crescimento do país. Não raras vezes encontramos empecilhos para o crescimento, não só em problemas macroeconômicos — relacionados à inflação, juros elevados e, às vezes, até problemas na balança de pagamentos. Mas acabamos vendo empecilhos na nossa matriz energética, que ainda é muito dependente de condições climáticas favoráveis. Esse é um setor estratégico e é o setor do futuro, da energia solar e eólica”, comentou.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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