INVESTIGADO

Fabrício Queiroz: Com apoio dos Bolsonaro, serei o deputado mais votado

Policial reformado, denunciado por esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, está à procura de um partido político

Jorge Vasconcellos
postado em 18/01/2022 20:05 / atualizado em 18/01/2022 20:11
Queiroz e Bolsonaro -  (crédito: Reprodução)
Queiroz e Bolsonaro - (crédito: Reprodução)

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o policial militar reformado Fabrício Queiroz está à procura de um partido para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro. Ele assegura que sua candidatura é "independente", mas diz acreditar que um eventual apoio da família do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é próximo, o tornaria "o deputado mais votado do Rio".

"Quem me apoia são os conservadores, várias páginas de direita que, no privado, conversam comigo, falam que eu devo vir [candidato]. Então estou acreditando nisso aí e venho independente", disse Queiroz, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “[Mas] Se eu tiver o apoio deles [família Bolsonaro], com certeza serei o deputado mais votado do Rio”, acrescentou.

Queiroz afirmou que "a minha tendência é ir para o PTB, mas não conversei ainda com o presidente [do partido] aqui no Rio, o [Marcus Vinícius] Neskau. Mas estou vendo um partido que seja conservador e minha pretensão é, sim, vir [como candidato] a deputado federal".

"Rachadinha"

Fabrício Queiroz é apontado como operador da "rachadinha", um suposto esquema de apropriação de parte dos salários de funcionários no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na época em que o político era deputado estadual.

O caso levou Queiroz a ser denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro e organização criminosa, em novembro de 2020. Flávio também foi denunciado, mas ambos negam irregularidades. A denúncia está parada desde então, por causa de impasses na Justiça envolvendo quebras de sigilo e o foro do senador.

Queiroz foi preso em 18 de junho de 2020 em Atibaia, no interior de São Paulo, numa ação conjunta do MPRJ e do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Depois, foi transferido para o Rio, onde passou 22 dias no Complexo Penitenciário do Gericinó até ter a prisão convertida para domiciliar. Ele e a esposa, Márcia Aguiar, foram soltos em março deste ano, após decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça.

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