VAZAMENTO DE DADOS

Bia Kicis será investigada pelo Conselho de Ética por vazar informações de médicos

O Partido dos Trabalhadores (PT) encaminhou pedido de investigação, para que seja apurada a suposta divulgação de informações pessoais de profissionais que se manifestaram a favor da vacinação de crianças

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) será alvo de investigação no Conselho de Ética por vazamento de informações de médicos favoráveis à vacinação da população pediátrica. O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou a informação nesta sexta-feira (7/01), por meio do líder da Bancada do partido na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). A medida foi tomada após o compartilhamento, em um grupo de WhatsApp, de dados pessoais de três médicos que participaram de audiência pública no Ministério da Saúde na última terça-feira (04/01).

“O PT na Câmara decidiu entrar no Conselho de Ética contra a deputada Bia Kicis pela postura criminosa que pôs em risco a segurança de médicos. A atitude da deputada será analisada e ela pode até perder o mandato, que dedica desde o início a alimentar o ódio”, disse o líder pelo Twitter.

Além do Conselho de Ética, a Procuradoria-Geral da República (PGR) foi acionada pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP) para investigar o vazamento. O pedido, enviado à PGR, é de que o órgão “dimensione a responsabilidade” do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e da deputada bolsonarista, e "aponte mudanças na proteção de dados” por parte da pasta.

Tiveram suas informações vazadas os profissionais de saúde Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Sobre a investigação, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou de perguntas relacionadas ao tema, na manhã de hoje. O ministro disse que perguntas relacionadas ao vazamento deveriam ser direcionadas à deputada. “Eu não estava na audiência pública. Sou ministro da Saúde, não fiscal de dados do Ministério”, defendeu.

A reportagem do Correio entrou em contato com a deputada Bia Kicis, mas até o fechamento desta edição não houve retorno. O espaço permanece aberto.

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