DECISÃO

Ministro do STJ arquiva inquérito que investigava procuradores da Lava Jato

Presidente do STJ, Humberto Martins, afirmou que não há indício de ilegalidade na conduta dos procuradores. Investigação foi aberta após revelação de troca de mensagens entre integrantes da força-tarefa

Luana Patriolino
postado em 15/02/2022 00:05
 (crédito: Sergio Amaral/ STJ)
(crédito: Sergio Amaral/ STJ)

O ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o arquivamento do inquérito que apurava se procuradores da Lava Jato tentaram intimidar e investigar ilegalmente os ministros da Corte. A decisão foi comemorada pelo ex-juiz da força-tarefa Sergio Moro e pelo ex-procurador e coordenador Deltan Dallagnol.

No despacho, Martins afirma que “foram expedidos inúmeros ofícios a diversas instituições públicas com o objetivo de coleta de indícios de prática delitiva”. Para o magistrado, não se verificou a existência de qualquer “indício de autoria e materialidade de eventuais crimes”. “O que induz à convicção de que o arquivamento do presidente inquérito é medida que se impõe.”

O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ciência. A investigação foi instaurada há um ano, após a revelação de uma troca de mensagens entre procuradores que atuaram na Operação Lava Jato em Curitiba. Na conversa, eles discutem pedir à Receita Federal uma análise de dados de ministros do STJ.

Em março de 2021, a ministra Rosa Weber chegou a determinar a suspensão do inquérito, que tinha inicialmente seis procuradores como alvos: Luiza Frischeisen, Eduardo Pelella, Januário Paludo, Orlando Martello Júnior, Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos.

Comemoração

A decisão foi comemorada pelo ex-juiz Sergio Moro que chamou de farsa as acusações. “A grande verdade é que com todo o circo da Farsa Jato, eles nunca conseguiram demonstrar que um inocente sequer foi condenado na Lava Jato ou que alguém foi incriminado injustamente. Glenn e sua turma só ajudaram a soltar bandidos e a prejudicar o combate à corrupção no Brasil”, disse nas redes sociais.

O ex-procurador e coordenador da operação Deltan Dallagnol também comemorou a decisão. "A cada dia que passa, as teses Vaza Jatistas são derrubadas e desacreditadas diante da conclusão de que a operação Lava Jato atuou dentro da lei, com base em fatos e provas. Vitória da sociedade. Tentaram sequestrar a narrativa e reescrever a história, mas não conseguiram”, disse no Twitter.

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