CASO TELEGRAM

Allan dos Santos desafia a Justiça e volta a criar canais no Telegram

Blogueiro bolsonarista mandou um recado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que não irá parar nunca

Luana Patriolino
postado em 22/03/2022 00:59
 (crédito:  Redes Sociais/Reprodução)
(crédito: Redes Sociais/Reprodução)

Proibido de ter acesso às redes sociais, o blogueiro Allan dos Santos desafiou o Supremo Tribunal Federal (STF) e voltou a criar um canal do Telegram. O bolsonarista burlou a segurança do aplicativo e criou uma nova conta na plataforma que, até a tarde da última segunda-feira (21/3), reuniu 4,7 mil inscritos. No entanto, o canal foi excluído e Santos voltou a criar outra rede para se comunicar com os apoiadores.

Em tom de provocação, o bolsonarista escreveu: “Sabe quando iremos parar? NUNCA”. A mesma mensagem também foi gravada por áudio e enviada no grupo que já conta com mais de 100 pessoas.

Segundo a Polícia Federal, Allan dos Santos migrou para o Telegram após o bloqueio dos canais em outras plataformas para burlar as ordens judiciais que o impediam de espalhar fake news e promover ataques às instituições democráticas. Esse foi um dos argumentos apresentados pela PF ao STF ao pedir a suspensão da plataforma no Brasil.

Allan dos Santos desafia a Justiça e volta a criar canais no Telegram
Allan dos Santos desafia a Justiça e volta a criar canais no Telegram (foto: Reprodução)

Bloqueio e revogação

O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou, na última sexta-feira (18/3), o bloqueio do Telegram no Brasil, após a plataforma não retornar às tentativas de acordo com a Justiça brasileira. As plataformas digitais e provedores de internet deveriam adotar mecanismos para inviabilizar a utilização da rede.

A ordem de Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal e ocorreu após o Telegram não atender a decisões judiciais para bloqueio de perfis apontados como disseminadores de informações falsas, entre eles o do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

No domingo, o magistrado revogou a decisão porque, segundo ele, a empresa cumpriu as determinações judiciais que estavam pendentes – e que tinham levado o ministro a definir a suspensão do aplicativo.

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